CARACAS, 18 de ago de 2004 às 16:26
O Vice-presidente da Conferência Episcopal Venezuelana, Dom. Jorge Urosa Savino, precisou às autoridades nacionais que as mensagens dos bispos sobre o referendum não convertem à Igreja em um “ator partidarista” e acrescentou que não calarão porque não podem ser indiferentes ao sofrimento do povo.
"A Igreja Católica não é partidarista, somos os pastores, servidores, mestres de todo o povo venezuelano, independentemente de sua simpatia política. Somos imparciais mas isto não quer dizer que sejamos indiferentes ao sofrimento, ao problema da violência, ao problema do desemprego, à exclusão", assinalou o também Arcebispo de Valência.
Embora não abordou as críticas do Vice-presidente José Vicente Rangel contra o Cardeal Rosalío Castillo Lara, quem denunciou uma fraude no plebiscito de domingo, o Arcebispo insistiu que "os membros da Igreja Católica não são atores políticos no sentido partidarista, ou que estejam parcializados, não somos nem do governo nem da oposição, e simplesmente mantemos nossa postura do povo de Deus e assim o percebe grande parte dos fiéis católicos venezuelanos".
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Dom Urosa também esclareceu que a violência política é provocada pelo ataque de grupos armados a manifestações pacíficas, referindo-se ao incidente da segunda-feira passada na praça Altamira, onde um grupo que protestava contra o Presidente Hugo Chávez foi atacado a balas por simpatizantes do oficialismo.
O Arcebispo pediu que "se desterre a violência política que se prolongou excessivamente e que seguiu enlutando a famílias venezuelanas".