MADRI, 12 de out de 2006 às 18:31
Uma mulher canadense que foi criada em um lar homossexual se dedica agora a assistir a outras pessoas que atravessam pela mesma situação e a pedir aos governos do mundo que protejam o matrimônio entre homem e mulher.Conforme informa ForumLibertas.org, Dawn Stefanowicz vive em Ontario, Canadá, com seu marido de toda a vida e seus dois filhos, aos que educou em casa. Atualmente prepara sua autobiografia e desenvolve um ministério especial no website (em inglês) : Brinda ajuda a outras pessoas que como ela cresceram a cargo de um pai homossexual e foram expostos a este estilo de vida.
Stefanowicz explica no site "como em sua infância esteve exposta a trocas de casais gays, praias nudistas e a falta de afirmação em sua feminilidade, como lhe feriu o estilo de vida no qual cresceu, e oferece ajuda, conselho e informação para outras pessoas que cresceram feridas em um ambiente de ‘família’ gay, um estilo de ‘família’ que ela não deseja para ninguém e que acredita que as leis não deveriam apoiar".
Seu testemunho
Em seu relato, Stefanowicz explica que devido a uma doença grave de sua mãe deveu ficar aos cuidados de seu pai homossexual quando ainda era uma menina. "Estive exposta a um alto risco de doenças de transmissão sexual devido ao abuso sexual, aos comportamentos de alto risco de meu pai e a vários casais", relata.
"Inclusive quando meu pai estava no que pareciam relações monógamas, continuava fazendo ‘cruising’ procurando sexo anônimo. Cheguei a me preocupar profundamente, a amar e entender com compaixão o meu pai. Compartilhava comigo o que lamentava da vida. Desgraçadamente, sendo criança alguns adultos abusaram sexual e fisicamente dele. Devido a isto, viveu com depressão, problemas de controle, acessos de raiva, tendências suicidas e compulsão sexual. Tentava satisfazer sua necessidade pelo afeto de seu pai, por sua afirmação e atenção, com relações promíscuas e transitórias. Os (ex) parceiros de meu pai, com os que tratei e cheguei a apreciar com sentimentos profundos, viram suas vidas drasticamente cortadas pela AIDS e o suicídio. Tristemente, meu pai morreu de AIDS em 1991", recorda.
Segundo Stefanowicz as "experiências pessoais, profissionais e sociais com meu pai não me ensinaram o respeito pela moralidade, a autoridade, o matrimônio ou o amor paterno. Sentia-me temerosamente sossegada porque meu pai não me permitia falar dele, seus colegas de quarto, seu estilo de vida e seus encontros nessa subcultura. Enquanto vivi em casa, tive que viver segundo suas regras".
"Sim, amava meu pai. Mas me sentia abandonada e desprezada porque meu pai me deixava freqüentemente para estar vários dias com seus companheiros. Seus parceiros realmente não se interessavam por mim. Fui danificada pelo mau trato doméstico homossexual, as tentativas sexuais com menores e a perda de parceiros sexuais como se as pessoas fossem só coisas para usar. Procurei consolo, procurei o amor de meu pai em diversos namorados a partir dos 12 anos", sustenta.
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Stefanowicz lembra que "desde tenra idade, expôs a conversas sexualmente explícitas, estilos de vida hedonistas, subculturas GLBT e estações de férias gay. O sexo me parecia gratuito quando era menina. Expôs a manifestações de sexualidade de todo tipo incluindo sexo em casas de banho, travestismo, sodomia, pornografia, nudismo gay, lesbianismo, bisexualidade, voyeurismo e exibicionismo. Aludia-se ao sadomasoquismo e se mostravam alguns aspectos. As drogas e o álcool freqüentemente contribuíam para baixar as inibições nas relações de meu pai".
"Meu pai apreciava o vestir unissex, os aspectos de gênero-neutro, e a trocar de roupa quando eu tinha 8 anos. Eu não via o valor das diferenças biologicamente complementares entre homem e mulher. Nem pensava sobre o matrimônio. Fiz votos de nunca ter filhos, porque não cresci em um ambiente de larr seguro, sacrificial, centrado nas crianças", assinala.
As conseqüências
"Mais de duas décadas de exposição direta a estas experiências estressantes causaram insegurança, depressão, pensamentos suicidas, medo, ansiedade, baixa auto-estima, insônia e confusão sexual. Minha consciência e minha inocência foram seriamente danificadas. Fui testemunha de que todos os outros membros da família também sofriam", sustenta Stefanowicz.
Ela assegura que só depois de ter tomado as decisões mais importantes de sua vida, começou a dar-se conta de como a tinha afetado crescer nesse ambiente.
"Minha cura implicou olhar de frente a realidade, aceitar as conseqüências a longo prazo e oferecer perdão. Podem imaginar ser forçados a aceitar relações instáveis e práticas sexuais diversas desde curta idade e como afetou a meu desenvolvimento?. Infelizmente, até que meu pai, seus parceiros sexuais e minha mãe morreram, não pude falar publicamente de minhas experiências", explica.
"Ao final, as crianças serão as vítimas reais e os perdedores do matrimônio legal do mesmo sexo. Que esperança posso oferecer a crianças inocentes sem voz? Governos e juizes devem defender o matrimônio entre homem e mulher e excluir todos os outros, pelo bem de nossas crianças", conclui.