VATICANO, 20 de out de 2006 às 12:51
O Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso apresentou nesta manhã no Vaticano a Mensagem pelo final do Ramadã na qual ressalta a necessidade de que cristãos e muçulmanos sustentem um diálogo confiado com o fim de enfrentar juntos os desafios que apresenta o mundo de hoje.A mensagem, elaborada pelo dicastério e assinada por seu Presidente e Secretário, Cardeal Paul Poupard e Arcebispo Pier Luigi Celata respectivamente, leva por título "Cristãos e muçulmanos, em diálogo confiado para enfrentar juntos os desafios do mundo" e foi publicado em inglês, francês, italiano e árabe.
"É maravilhoso poder compartilhar convosco este momento significativo no âmbito de nossas relações de diálogo. As circunstâncias particulares que acabamos de enfrentar juntos, mostram também que, se às vezes o caminho de um diálogo autêntico pode ser árduo, é, em troca, cada vez mais necessária", assinala o documento.
Depois de constatar alguns sérios problemas pelos quais atravessa a época atual como "a injustiça, a pobreza, as tensões e conflitos internos dos países", além da violência e do terrorismo, a mensagem pergunta se, como cristãos e muçulmanos, "não estamos chamados em primeiro lugar a oferecer nossa contribuição específica à solução desta grave situação e destes problemas tão complexos?".
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"Está em jogo, provavelmente, a credibilidade das religiões, mas também a dos líderes religiosos e a de todos os crentes. Se não nos comportarmos como crentes, muitos se interrogarão sobre a utilidade das religiões e sobre nossa coerência como homens e mulheres que se prostram diante de Deus", assegura.
Sobre o particular, a mensagem dicasterial lembra que "o amor deve ficar a serviço da vida cotidiana, mas também deve procurar soluções justas e pacíficas aos graves problemas que afligem o mundo".
"Ali onde possamos trabalhar juntos, não o façamos separados. O mundo, e nós com ele, tem necessidade de cristãos e muçulmanos que se respeitem, estimem-se e ofereçam o testemunho de amar-se e de atuar juntos pela glória de Deus e o bem de todos os seres humanos. Será uma importante contribuição para restabelecer e reforçar a paz dentro das nações e entre os povos", indica.