SAN JOSÉ, 23 de out de 2006 às 16:27
A Conferência Episcopal da Costa Rica (CECR), pediu que as manifestações convocadas para hoje e amanhã contra a assinatura do Tratado de Livre Comércio (TLC) entre Estados Unidos, América Central e República Dominicana, desenvolvam-se de maneira pacífica.“Fazemos um chamado, tanto às autoridades como aos setores manifestantes para que, evitando todo foco de violência e, no respeito absoluto da ordem pública, empenhem-se em procurar, por todos os meios pacíficos ao alcance, o desenvolvimento destas manifestações”, indica a CECR através de um comunicado.
O texto exorta a população a dar exemplo ao mundo, “desterrando a possibilidade de um confronto violento e favorecendo a superação das diferenças em vistas à preservação da paz”. A paz social, indica, exige “uma análise serena em um clima de convivência pacífica que favoreça a confiança e o respeito entre todas as partes interessadas”.
Os bispos explicam que em um Estado de direito “todos podemos nos manifestar” e o Estado deve garantir aos cidadãos o exercício de seus direitos civis e políticos. “Por sua vez, o são exercício de nossos direitos e liberdades como cidadãos, obriga-nos a considerar que existem limites, quer dizer, minhas liberdades são tão amplas contanto que minhas ações não firam os direitos de terceiros”, lembram.
“Cremos que não corresponde à idiossincrasia do costarriquenho contemplar no confronto a solução de conflitos”, expressam os bispos.
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Do mesmo modo destacam que o Papa João Paulo II ensinou que, “levando em conta os interesses dos diferentes grupos, o acordo pacífico pode se fazer constantemente, através do diálogo, no exercício das liberdades e dos deveres democráticos para todos”
Finalmente, o Episcopado chama a orar para que Jesus Cristo e Nossa Senhora dos Anjos, Padroeira da Costa Rica, “iluminem no coração de todos os costarriquenhos e nos mantenham firmes na verdade e na justiça das que brota a paz”.
Dirigentes sindicais anunciaram para hoje e amanhã uma jornada de protesto contra a assinatura do TLC. Afirmaram que será um movimento pacífico, mas não descartaram bloquear as estradas. Por sua vez, o Presidente Óscar Arias Sánchez indicou que não permitirá a interrupção do trânsito.