MONTEVIDÉU, 19 de ago de 2004 às 15:03
O Comitê Permanente da Conferência Episcopal Uruguaia, expressou o apoio e reservas dos bispos a uma norma que obriga os médicos a assistir as mulheres que desejam abortar clandestinamente antes e depois do procedimento.
“Não podemos estar de acordo, contudo, que este assessoramento pudesse facilitar o aborto”, indicaram os bispos em um comunicado, que conta a entrevista que tiveram com delegados do Sindicato Médico do Uruguai, em que receberam o texto de "Iniciativas sanitárias contra o aborto em condições de risco".
Os bispos afirmaram que “em relação a suas inquietações e propostas existem acordos e discrepâncias”.
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Por um lado, os bispos sustentam que é positivo “o assessoramento a toda mulher” grávida com problemas “respeito a todas as alternativas que existem em nosso país para evitar o aborto (como facilitar o caminho da adoção e os apoios sociais apropriados) e o advertir sobre os riscos de um aborto para a saúde da mãe”.
“Quanto à prática proposta nestes dias pelo Ministério de Saúde Pública, parece-nos positivo o ampliar o assessoramento do médico com o contribua de outros profissionais”, adicionaram.
Finalmente, expressaram sua confiança em que “os médicos estarão sempre a favor da vida e que os funcionários públicos, atuando com sentido ético, ampararão os direitos da criança por nascer e respeitarão a legislação vigente”.