O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, diminui importância dos disparos no ar realizados hoje por um homem em frente à embaixada da Itália em Istambul em protesto pela próxima visita apostólica do Papa Bento XVI à Turquia.

"Trata-se de um incidente isolado, que não afeta o bom clima da preparação da viagem do Papa à Turquia" prevista de 28 de novembro a 1 de dezembro, assinalou o porta-voz vaticano.

Depois de ressaltar que "não existe preocupação alguma" pela viagem, o porta-voz disse que o Papa irá a "Ankara e Istambul para fazer pontes e reforçar o diálogo". Os disparos "não são um fato ao que terei que dar um grande peso, embora não seja um episódio que agrade", precisou.

O incidente, protagonizado por um homem identificado como Ibrahim AK, não fez vítimas. O porta-voz da embaixada, Antonino Maggiore, confirmou o fato e assegurou que seu protagonista foi detido.

A visita prevista de Bento XVI à Turquia será primeira a este país e também a uma nação de maioria muçulmana.

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"Fiz os disparos por Deus"

"Não o quero aqui; se estivesse aqui agora o estrangularia com minhas próprias mãos", disse Ibrahim AK, de 26 anos, a um cinegrafista da agência Dogan no momento de sua detenção. "Fiz os disparos por Deus", afirmou.

"Inshalla (se Deus quiser), isto será uma faísca, um motor de arranque para os muçulmanos. Deus mediante, não virá; se vier, verá o que lhe acontecerá", exclamou.

"Esse Papa desavergonhado e indigno não virá a este país! Estou dizendo a todos os muçulmanos, não virá!", gritou depois quando era conduzido para o interrogatório.