O Diretor do Colégio de Advogados Católicos, Armando Martínez Gómez, advertiu que a iniciativa de Lei de Sociedades de Convivência atenta contra os valores morais que sustentam a sociedade e recordou que a Igreja não rejeita os homossexuais, mas sim os atos homossexuais por serem "intrinsecamente desordenados".

Em conferência de imprensa, Martínez Gómez explicou que a oposição a esta iniciativa "fundamenta-se não só em julgamentos morais, mas em critérios jurídicos que a fazem insustentável e que põem de manifesto suas verdadeiras intenções, o engano que encerra sua aparente bondade e as conseqüências destrutivas que trará tanto à instituição familiar como à própria sociedade".

Acompanhado pelo Diretor Geral de Comunicação Social do Arcebispado do México, Pe. Hugo Valdemar Romero, Martínez Gómez afirmou que um homossexual que se queixa de discriminação porque não lhe deixam se casar com alguém do mesmo sexo, "é como se um polígamo se queixasse de discriminação porque não lhe deixam casar-se com várias mulheres, ou um promíscuo com vários e várias de uma só vez".

Do mesmo modo, pediu que se abra um debate em torno deste projeto "como corresponde a uma sociedade democrática, e não se use o velho costume, que parecia já erradicado: a tirania da maioria parlamentar para pagar cotas a grupos minoritários".

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Nesse sentido, o Diretor do Colégio de Advogados Católicos denunciou que "esta nova lei que se pretende aprovar está sendo tomada como uma vingança contra a Igreja Católica pelos grupos mais radicais da esquerda que assim sentem que alcançam reivindicação e justiça, mas não se percatam de que com suas pretensões egoístas e cegas ferem a família e o tecido social, atacam os princípios do Evangelho e destroem os valores morais sobre os que se funda a sociedade".

A iniciativa de lei será analisada pelas comissões de Eqüidade e Gênero e de Direitos humanos, e passará a debate na próxima quinta-feira na Assembléia Legislativa do Distrito Federal (ALDF).

Por sua vez, o jornal El Universal informou que "integrantes da comunidade lésbico-gay reconheceram que a aprovação da Lei de Sociedades de Convivência é um passo importante no reconhecimento de seus direitos, mas advertiram que isso é insuficiente e que agora brigarão para conseguir o matrimônio".