Bispo exige freio na onda de roubos sacrílegos no sul andino peruano

LIMA, 7 de nov de 2006 às 17:05

O Bispo de Juli (Puno), Dom José María Ortega Trinidad, solicitou às autoridades pertinentes enfrentar os contínuos roubos sacrílegos nas Igrejas do sul andino peruano, como o ocorrido no mês passado na igreja de São João Batista de Latrão.

Em uma carta, o Prelado lamentou que recentemente a igreja localizada em Juli, Província de Chucuito, tenha sido objeto de um novo roubo sacrílego e sofreu a subtração de lâminas esculpidas em prata do altar-mor, e duas grades chapeadas em prata, cujo valor é incalculável já que estes objetos são considerados patrimônio cultural da Nação.

Dom Ortega indicou que "este tipo de atos delinqüentes, não são isolados, dado que permanentemente os templos do Sul do País, e em especial da região de Puno, vêm sofrendo este tipo de atos imperdoáveis, como o que ocorreu no ano passado no templo do Distrito de Pomata, também jurisdição de nossa Prelatura, e de cujos atos até o momento não se conhece de resultados que tenham dado com os responsáveis pelo roubo".

"Durante o mês de junho deste ano houve o roubo de 12 quadros na Paróquia de Ilave, por isso não só devemos expressar nossa indignação por este roubo que afeta o patrimônio da nação e nossa profunda preocupação pela forma em que se vêm cuidando destes bens por parte das instituições, a cujo cargo se encontra sua custódia", anotou.

Finalmente, o Bispo de Juli exigiu do Ministério Público e da Polícia Nacional do Peru uma exaustiva investigação sobre o caso, para encontrar os responsáveis a efeitos de que sejam punidos; além de recuperar os bens subtraídos.

"Penso que nossas autoridades têm a suficiente capacidade, eficácia, habilidade e inteligência para dar com estes autores sacrílegos. Estes roubos não são de agora, ocorrem há décadas na Prelatura de Juli, é hora de cortar estas ações delituosas", concluiu.