BUENOS AIRES, 9 de nov de 2006 às 19:25
O Bispo de Posadas, Dom Juan Rubén Martínez, disse que a desvalorização que sofre a família nos últimos tempos não é "obra da casualidade", mas é "parte de uma campanha inteligente que responde a poderes econômicos e conta com grandes recursos para instalar-se nas megamídias, na própria educação", com o objetivo de obter uma suposta "mudança cultural".Nesse sentido, o Prelado expressou que "é assombroso perceber que o tema da família, sobretudo para o Estado, não tenha valorização suficiente". Inclusive, afirmou, "ridiculamente alguns acreditam que o tema da família é exclusivamente o problema que alguns católicos conservadores propõem e desqualificam a consideração dos papéis de paternidade, maternidade e filiação como algo tradicional e do passado".
Dom Martínez fez estas afirmações ao fazer referência à exortação apostólica "Familiaris Consortio", do Papa João Paulo II, que completará 25 anos em 22 de novembro.
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Sobre ao documento, o Bispo de Posadas destacou alguns de seus frutos, como "a vitalização da pastoral familiar em diversas dioceses" do mundo e um "amplo desenvolvimento da reflexão teológica sobre o matrimônio e a família". Além disso, assinalou, está o interesse por implementar "políticas familiares" que têm como fim "facilitar às famílias sua ótima constituição, conservação, desenvolvimento e reparação como benefício da sociedade".
Entretanto, advertiu que se tende a confundir "políticas familiares" com "políticas sociais de família". Explicou que estas últimas "só atendem e procuram dar solução imediata à problemática de famílias em risco ou que padecem necessidades".
"Embora isto seja necessário, não aponta a resolver as questões de fundo, como sim poderia fazê-lo um plano que tome como ponto de partida a família em suas relações necessárias de paternidade, maternidade e filiação, e fundamentalmente a necessária consideração de uma antropologia e sexualidade que não impeça de abrir-se à transcendência", explicou Dom Martínez.