BUENOS AIRES, 24 de ago de 2004 às 14:43
O Arcebispo de Corrientes, Dom Domingo Castagna, afirmou que os discursos políticos só terão força se partirem de “pessoas interiormente renovadas” que produzam as mudanças sociais.
“A renovação interior das pessoas constitui o segredo para produzir as mudanças sociais necessárias. A ela dirige-se o empenho evangelizador da Igreja”, declarou o Arcebispo durante a celebração eucarística deste domingo.
Segundo o Arcebispo, “o debate interminável, promovido por longas sessões de Câmaras Legislativas e por reuniões políticas, não tem sucesso se não partem de pessoas interiormente renovadas. Que distância nos separa ainda desse ideal de vida! Existe um desejo confessado publicamente e traído na tentativa de concretizá-lo. O protagonista da mudança continua sendo um homem velho, obstinado a seus velhos hábitos, a seus incorrigíveis maus costumes herdados”.
Durante sua homilia, Dom. Castagna indicou que “para empreender a mudança autêntica requer-se um renascimento, um despojo próximo à morte, a eliminação do egoísmo, que torne possível a passagem do ódio ao amor, da definitiva morte a uma nova vida. Será possível a mudança se haver um início no empenho de cada manhã. Isso implica um projeto pessoal que enfrente o aparentemente impossível com a fé posta no poder da graça de Deus”.
O Arcebispo disse que “todo homem pode se introduzir pelo caminho da fé em um treinamento que o capacite para que a graça de Jesus consiga realizar o que na linguagem corrente é considerado impossível”.
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Congresso Eucarístico: acontecimento de graça
E a poucos dias da celebração do X Congresso Eucarístico Nacional, o Arcebispo indicou a necessidade de “intensificar sua orientação espiritual e confiar absolutamente em sua virtude sobrenatural”.
“A falta de consciência dominante, na maior parte da maioria católica de nosso povo, causa um verdadeiro estremecimento de pânico espiritual. O X Congresso Eucarístico Nacional aparece em um momento oportuno. A falta de consciência da essencial referência a Cristo ocasionou uma inexplicável insensibilidade nos cristãos argentinos”, assinalou.