MEXICO D.F., 27 de nov de 2006 às 22:32
O novo Arcebispo de Leão, Dom José Guadalupe Martín Rábago, rejeitou o projeto de lei apresentado pelo Partido Revolucionário Institucional (PRI) para descriminalizar o aborto e a eutanásia na Cidade do México, porque vai "contra os valores do ser humano, como é a vida".No final da semana passada, o deputado do PRI, Armando Tonatiuh González Case, apresentou em nome de sua bancada partidária um pacote de reformas aos Códigos Civil e Penitenciária do México Df, e à Lei de Saúde local para legalizar totalmente o aborto e descriminalizar a eutanásia.
Segundo a agência Notimex, o Prelado lembrou ao término da Missa dominical que o aborto e a eutanásia "não são atos morais para a Igreja, portanto não aceitaremos tal reforma". Acrescentou que a vida "é um dom que Deus nos concedeu e só Ele pode tirá-la".
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A iniciativa do PRI, apresentada na Assembléia Legislativa do Distrito Federal, pede que o aborto possa ser praticado até as 12 semanas de gravidez sem nenhum tipo de restrição para mulheres maiores de 18 anos. As menores de idade teriam que apresentar um escrito manifestando sua decisão, autorizada pelos pais. Quem induzir ao aborto por meio de enganos ou ameaças, só seriam condenados a três anos da prisão como máximo.
Sobre a eutanásia, o texto assinala que quem privar da vida a outra pessoa, não será condenado se se fez por pedido expresso desta, "por razões humanitárias" e se esta sofrer de uma doença terminal.