BOGOTÁ, 24 de ago de 2004 às 17:20
O Vice-presidente da Conferência Episcopal Colombiana, Dom Luis Augusto Castro, considerou que as guerrilheiras Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) ainda podem aceitar a proposta de troca humanitária para libertar dezenas de seqüestrados.
O Arcebispo da Tunja se juntou à reação do defensor de povo e alguns familiares de seqüestrados, que não consideram a primeira resposta das FARC ao governo um golpe.
O governo propôs às FARC libertar 50 guerrilheiros processados por rebelião em troca dos chamados seqüestrados “trocáveis”. A resposta da guerrilha foi que eles queriam decidir sobre quais e quantos são os guerrilheiros que vão sair, em que condições e circunstâncias sairão e exigiram que o governo designe um porta-voz para negociar.
Dom Castro assinalou que a última troca de mensagens tem como destinatária mais a sociedade que as partes. "Ambos estão dizendo que querem o acordo humanitário", disse o Arcebispo mas reconheceu que as FARC "não se moveram nem um milímetro"
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O Arcebispo afirmou que com esse pronunciamento, as FARC advertem que estão dispostas a "dialogar cara a cara em algum lugar" e agora ao Executivo lhe corresponde "decidir se estiver disposto a dialogar cara a cara com a guerrilha ou se as coisas forem ficar assim".
O Prelado insistiu em que os únicos prejudicados com esta situação são "seqüestrado-los e os familiares que se vêem frente a uma nova frustração".
Entretanto, confiou em que das duas partes "haja uma criatividade, um desejo de explorar novos caminhos para sair deste atoleiro".