ALEXANDRIA, 6 de dez de 2006 às 11:11
O Bispo de Arlington, Dom Paul Loverde, iniciou uma cruzada contra a pornografia e exortou os cidadãos e servidores públicos a trabalhar por uma legislação que respeite a dignidade de toda pessoa humana.Em uma extensa carta intitulada "Comprado a um preço: pornografia, um ataque ao templo vivo de Deus", Dom Loverde afirma que este flagelo é uma "praga que assola a alma de homens, mulheres e crianças", arruína casamentos e famílias, "cobrando a suas vítimas entre os mais inocentes entre nós" e "destrói a capacidade da pessoa de ver o outro como expressão única e bela da criação de Deus".
"Talvez o pior, entretanto, seja o dano que a pornografia faz à estrutura que tem uma pessoa para o sobrenatural", escreve o Prelado. "Nossa visão natural deste mundo é o modelo para nossa visão sobrenatural do próximo".
Enquanto que a cultura americana vê a pornografia como uma "simples fraqueza privada ou inclusive como um prazer legítimo protegido pela lei", a Igreja ensina que é uma grave ofensa, assinala enfaticamente. A liberdade de expressão "não é um direito absoluto", disse, e sempre deve "estar a serviço do bem comum".
Dom Loverde destacou que a pornografia se transformou em um "entretenimento normal" para as massas, acessível através da Internet, cabo, satélite e as emissoras de televisão locais e destacou que agora se pode acessar a ela pelo telefone celular e através de jogos portáteis para crianças e adolescentes.
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O Bispo enfrentou os argumentos em defesa da pornografia, que negam a suas vítimas ou até a promovem como algo "terapêutico", deste modo desmentiu que a oposição cristã à pornografia provenha de um suposto "ódio cristão ao corpo".
"A pornografia -continuou o Bispo- distorce a verdade em relação à sexualidade humana" e usa e manipula as pessoas de maneiras que "são incompatíveis com sua dignidade humana".
"Isso também propõe um desafio às pessoas que estão tratando de viver sua vocação cristã em qualquer estado de vida: maridos, sacerdotes e consagrados, e pessoas solteiras. Em particular supõe um desafio aos jovens cristãos, que combatem por viver as exigências do ser apóstolos em uma cultura que abandonou a virtude da castidade" afirmou.
Dirigindo-se aos jovens, o Prelado indicou que "temo muito que vocês sejam quem deva carregar o pesado fardo da rendição de nossa cultura à pornografia, tanto na atualidade quanto nos anos vindouros. Não são apenas vocês os alvos desta criminal empresa, como a fonte de seus lucros, mas sim são também vocês quem devem sofrer o empobrecimento da noção de intimidade que resulta de uma cultura que confundiu amor com auto gratificação".
"Saibam primeiro que Deus os destinou a um amor humano verdadeiro e pleno que acha seu centro não em manipular aos outros, mas sim em compartilhar e florescer na comunhão com o ser amado", escreve o Bispo de Arlington.