ASSUNÇÃO, 26 de dez de 2006 às 15:20
Fernando Lugo, bispo demissionário da diocese do estado de São Pedro, ao norte do Paraguai, anunciou depois do Natal sua decisão de abandonar o estado clerical para ingressar na política partidária.
Em uma entrevista coletiva na casa de seu pai em cidade Encarnação, a 400 quilômetros ao sul da capital Assunção, Lugo disse que está disposto a competir como candidato à presidência nas próximas eleições de 2008.
Lugo, de 52 anos de idade, membro da Congregação do Verbo Divino durante 30 anos, foi convidado a apresentar sua renúncia em 2004 como Bispo do estado de São Pedro, a zona mais pobre do Paraguai, pelo Papa João Paulo II. Nunca se deram a conhecer os motivos da decisão; embora como Bispo tenha assumido muitas vezes posições controvertidas a favor de organizações militantes de esquerda.
Lugo disse que já apresentou seu pedido de renúncia ao estado clerical à Santa Sé. "Agora o Papa pode resolver aceitar minha determinação ou pode me sancionar, mas já estou na política", assinalou.
Do ponto de vista político, o ex-bispo de São Pedro afirmou que não pertence à direita nem à esquerda porque "no Paraguai só há quem roubou e quem foi vítimas do roubo".
A decisão do Bispo já suscitou controvérsias. As organizações de esquerda aplaudiram sua candidatura; enquanto o Presidente da Associação Rural do Paraguai, Alberto Soljancic, expressou preocupação pela presença de Lugo na política "porque sendo bispo era quem animava e orientava os camponeses sem terra do estado de São Pedro para invadir propriedades".
Por sua vez, Mirta Gusinsky, ex esposa de Raúl Cubas, que exerceu a presidência entre agosto de 1998 e março de 1999, disse que o Prelado "sabia que minha filha Cecilia foi seqüestrada em setembro do 2004 por grupos políticos de esquerda do estado de São Pedro e não fez nada para salvá-la". Cecilia Cubas foi encontrada morta em fevereiro de 2005.
Em uma entrevista coletiva na casa de seu pai em cidade Encarnação, a 400 quilômetros ao sul da capital Assunção, Lugo disse que está disposto a competir como candidato à presidência nas próximas eleições de 2008.
Lugo, de 52 anos de idade, membro da Congregação do Verbo Divino durante 30 anos, foi convidado a apresentar sua renúncia em 2004 como Bispo do estado de São Pedro, a zona mais pobre do Paraguai, pelo Papa João Paulo II. Nunca se deram a conhecer os motivos da decisão; embora como Bispo tenha assumido muitas vezes posições controvertidas a favor de organizações militantes de esquerda.
Lugo disse que já apresentou seu pedido de renúncia ao estado clerical à Santa Sé. "Agora o Papa pode resolver aceitar minha determinação ou pode me sancionar, mas já estou na política", assinalou.
Do ponto de vista político, o ex-bispo de São Pedro afirmou que não pertence à direita nem à esquerda porque "no Paraguai só há quem roubou e quem foi vítimas do roubo".
A decisão do Bispo já suscitou controvérsias. As organizações de esquerda aplaudiram sua candidatura; enquanto o Presidente da Associação Rural do Paraguai, Alberto Soljancic, expressou preocupação pela presença de Lugo na política "porque sendo bispo era quem animava e orientava os camponeses sem terra do estado de São Pedro para invadir propriedades".
Por sua vez, Mirta Gusinsky, ex esposa de Raúl Cubas, que exerceu a presidência entre agosto de 1998 e março de 1999, disse que o Prelado "sabia que minha filha Cecilia foi seqüestrada em setembro do 2004 por grupos políticos de esquerda do estado de São Pedro e não fez nada para salvá-la". Cecilia Cubas foi encontrada morta em fevereiro de 2005.