NOVA IORQUE, 9 de jan de 2007 às 08:17
O editor do New York Times (NYT) escreveu na seção “correções” dessa publicação uma nota em que emenda os enganos apresentados no artigo escrito por Jack Hitt e que gerou controvérsia em torno da cumplicidade do mencionado jornal na promoção da legalização do aborto na América Latina.
Na nota se indica que “o artigo (do Hitt) dizia que ela (Karina do Carmen Herrera Clímaco) foi condenada em 2002 por homicídio agravado, e apresentava as dados da juíza que seguiu o caso durante a etapa prévia ao julgamento. A juíza, Margarida Sanabria, indicou ao NYT que acreditava que a senhora Clímaco abortou às 18 semanas de gravidez, e que lamentava que o caso se tratasse como um assassinato. A juíza apoiou sua decisão legal nos relatórios de dois doutores”.
“O primeiro, –prossegue a nota– realizado por um doutor que examinou à Sra. Clímaco logo do incidente, concluiu que tinha 18 semanas de gravidez e que tinha abortado. Um segundo relatório médico, apoiado no exame realizado ao corpo que foi encontrado na cama da Sra. Clímaco, concluiu que sua filha tinha chegado a término (tinha nove meses de gestação), era de término, nasceu viva e morreu nos primeiros minutos de vida”.
A declaração também precisa que “o painel, composto por três juizes e que recebeu o caso de mãos da juíza Sanabria, concluiu que o segundo informe era mais acreditável que o primeiro, e condenou à Sra. Clímaco por homicídio agravado”.
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
O NYT “deveu ter obtido o texto da sentença do painel de três juizes antes da publicação do artigo, mas não seguiu o documento adequadamente até que os detalhes do mesmo fossem conhecidos pelos editores, no fim de novembro”, explica a nota.
“Uma lenda de uma foto no artigo também confundiu os fatos da sentença. A Sra. Clímaco foi sentenciada a 30 anos da prisão pelo caso que inicialmente se pensava tinha sido um aborto mas que em realidade foi um homicídio, e não condenou a esses 30 anos de prisão por um aborto que foi logo declarado homicídio”, prossegue a correção.
Finalmente o NYT indica que “a Sra. Clímaco está preparando sua apelação” e o NYT “continua a investigação do caso”.