Congresso dos Estados Unidos aprovou hoje uma lei que permitirá a utilização de células estaminais embrionárias e a conseqüente destruição de embriões humanos, apesar das alternativas éticas existentes e mais eficazes, como a obtenção destas a partir do cordão umbilical e o líquido amniótico.

Entretanto, a votação que resultou com 253 votos a favor e 174 votos contrários à medida, não alcançou os dois terços (280 votos aproximadamente) requeridos para superar o prometido veto do Presidente Bush quem no ano passado dispôs esta medida com uma lei idêntica.

Porta-vozes da Casa Branca indicaram que a lei, terceira na agenda democrata das primeiras 100 horas do Congresso na presente legislatura, “utilizaria dólares dos contribuintes para apoiar e alentar a destruição de vidas humanas para a investigação”.

Do mesmo modo, a Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) tinha exortado aos legisladores a votar contra esta lei e apoiar investigações que sim sejam éticas para a obtenção de células estaminais. Esta exortação a realizaram através de uma carta enviada em 9 de janeiro pelo Cardeal Justin Rigali, Chefe do Comitê de Atividades Pro-vida da USCCB, em que se explica que entre estas investigações éticas estão o uso do cordão umbilical, o líquido amniótico e a placenta dos bebês.

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Na missiva, o Cardeal indicava que “a triste realidade é que muitas vias do progresso médico recebem atenção e recursos inadequados para obter tratamentos humanos. Isto se deve em parte para a concentração exagerada e exclusiva que recebe a investigação com embriões na cenário político e na definição de políticas".

“Inclusive o banco nacional de células estaminais que o Congresso aprovou faz um ano e que poderia beneficiar a  milhares de americanos imediatamente, recebeu recursos mínimos”, acrescentou.

O Cardeal Rigali também recordou que até agora, “o governo federal nunca se aproximou utilitariamente para forçar o apoio, por parte dos contribuintes, à direta destruição de vidas humanas inocentes em qualquer fase de seu desenvolvimento, em nome do ‘progresso’.