MADRI, 31 de ago de 2004 às 14:25
O presidente do Instituto de Política Familiar (IPF), Eduardo Hertfelder, assegurou que a proposta socialista de agilizar na Espanha os processos de divórcio ao não requerer prévia separação, supõe um autêntico retrocesso na políticas de ajuda a superar as crises matrimoniais já que é uma medida que potencializará a ruptura matrimonial em vez de diminui-la.
As conclusões às quais chega uma análise realizada pelo IPF baseada em dados do Conselho Geral do Poder Judicial, são:
1. Continua a explosão de ruptura matrimonial em nível nacional: 1 ruptura a cada 4,1 minutos (126.742 rupturas) que supõe um aumento de 10 por cento em relação a 2002.
2. Quatro comunidades autônomas (Catalunha, Andaluzia, Madri e Valência) têm mais de 60 por cento das rupturas sendo Catalunha a comunidade com mais rupturas (1 em cada 5).
3. Os matrimônios diante da crise optam pela separação antes do divórcio.
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4. Os matrimônios em crise optam por uma ruptura o mais pacífica possível, sendo as separações mais pacíficas que os divórcios.
5. Para uma possível reconciliação: Entre 20 e 25 por cento das separações se reconciliam. Isto supõe que a cada ano aproximadamente 15 mil casamentos voltam a se reconciliar. E é entre 5 e 10 por cento os matrimônios que decidem continuar separados mas sem dar o passo de uma ruptura definitiva com o divórcio.
Prossegue Hertfelder evidenciando o fracasso das administrações. Segundo o presidente do IPF o problema é ainda maior quando se constata que as administrações não têm vontade política de abordar esta problemática. “Em vez de implementar medidas que ajudem a reduzir a ruptura matrimonial o que se propõem são políticas de aumento de tal ruptura. É um autêntico retrocesso social”, assinalou.