O jornal Vaticano L'Osservatore romano qualificou de “ultraje ao sentimento religioso” uma reportagem publicada por um semanário italiano baseado em falsas confissões em diversas regiões da Itália.

Com o fim de “revelar” o que os sacerdotes católicos italianos ensinam nos confessionários sobre matéria de ética e moral, repórteres do semanário “L'Espresso” se fizeram passar por penitentes, um ato sacrílego dada a natureza sagrada da Confissão.

O editorial de L’Osservatore Romano denunciou energicamente que “se profanou um sacramento”, “ultrajando o sentimento religioso dos fiéis e enganando a boa fé dos sacerdotes com graves lesões à inviolabilidade do ministério pastoral”.

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O jornal do Vaticano definiu a reportagem como uma “vergonha” e um “episódio de gravidade inaudita” e acusou o semanário de ter ultrapassado “os limites impostos pela ética profissional”.

Anos atrás, o jornal comunista L’Unitá recorreu a um método similar para “descobrir” as inclinações políticas dos sacerdotes italianos. O recurso ao sacrilégio, em ambas as ocasiões, evidenciou-se como um inútil abuso jornalístico, pois o resultado demonstrou que os sacerdotes italianos, em entristecedora maioria, ensinam no confessionário o que a Igreja prega publicamente.