VATICANO, 9 de fev de 2007 às 12:33
Ao receber o Prof. Juan Gómez Martínez, novo Embaixador da Colômbia ante a Santa Sé, o Papa Bento XVI expressou sua preocupação pelas leis que retiram o amparo aos não nascidos, e expressou seu desejo de que este país siga protegendo a vida e a família.
O Pontífice recordou em seu discurso que o Embaixador “deve representar ante a Santa Sé a uma Nação que, ao longo de sua história, distinguiu-se por sua identidade católica” e destacou “a filial devoção dos colombianos ao Sucessor do Pedro, como fruto de uma arraigada vivência da fé cristã, e que se manifesta além na avaliação dos fiéis para os bispos e seus colaboradores, tratando de manter as tradições e as virtudes herdadas dos adultos”.
Depois de destacar os esforços da Colômbia “para procurar a paz e a reconciliação, junto ao empenho por fomentar o progresso e umas instituições democráticas mais sólidas”; o Papa reconheceu entretanto que “seguem dando complexas situações no campo político e social”.
Sobre o tema, o Pontífice destacou como desafios “levar adiante um diálogo de paz, necessário apesar dos múltiplos abrolhos que surgem no caminho. Persistem, além disso, outros problemas na sociedade que atentam contra a dignidade das pessoas, a unidade das famílias, um justo desenvolvimento econômico e uma conveniente qualidade de vida”.
“Avaliação que Sua Excelência tenha sublinhado o importante trabalho da Igreja Católica para a reconciliação nacional. Com efeito, além da participação direta de alguns bispos, sacerdotes e religiosos nas ações encaminhadas para construir a paz, sua voz ressonou também nos momentos decisivos da vida colombiana, recordando quais são as bases insubstituíveis do verdadeiro progresso humano e da convivência pacífica, exortando aos católicos e aos homens de boa vontade a seguir o caminho do perdão e da responsabilidade comum para instaurar a justiça”, disse o Pontífice.
A vida e a família
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Entretanto, assinalou o Papa, “não posso deixar de expressar a Sua Excelência minha preocupação pelas leis que concernem a questões muito delicadas como a comunicação e a defesa da vida, a enfermidade, a identidade da família e o respeito do matrimônio”.
“Sobre estes temas –assinalou–, e à luz da razão natural e dos princípios morais e espirituais que provêm do Evangelho, a Igreja Católica seguirá proclamando sem cessar a inalienável grandeza da dignidade humana”.
É necessário apelar também à responsabilidade dos laicos presentes nos órgãos legislativos, no Governo e na administração da justiça, para que as leis expressem sempre os princípios e os valores que estejam de acordo com o direito natural e que promovam o autêntico bem comum”, sublinhou o Pontífice.
Bento XVI assinalou também que “é meu ardente desejo que em seu país ponha fim a este cruel flagelo dos seqüestros, que atentam de maneira tão grave à dignidade e aos direitos das pessoas. Acompanho com minha oração a quem se acha injustamente privado da liberdade e expresso minha proximidade a suas famílias, confiando em sua pronta libertação”.
O Papa concluiu invocando “a intercessão de Nossa Senhora do Rosário de Chiquinquirá sobre o querido povo colombiano, sobre o senhor Presidente e outros governantes”.