O presidente do Instituto de Política Familiar (IPF), Eduardo Hertfelder, assinalou que para solucionar o problema populacional o Governo espanhol se centrou exclusivamente nas políticas imigratórias ignorando atender o assunto fundamental das políticas de amparo e ajuda às famílias.

“Os últimos dados do Eurostat (Escritório de Estatística da União Européia) demonstram que o governo optou por continuar o desenvolvimento exclusivamente uma política de imigração como única alternativa para resolver o problema populacional ignorando o problema desde sua origem: a falta de medidas de amparo e ajuda às famílias”.

Segundo o IPF “o crescimento populacional de um país se deve à soma de dois fatores: o crescimento natural (diferencia entre nascimento e falecimentos) e o saldo migratório. E o crescimento imigratório na Espanha (594.300 emigrantes) tem suposto mais de 90% que o crescimento natural (53.000 pessoas)”.

Em vez de abordar o problema da natalidade em toda sua profundidade e desde sua origem, o Governo optou para resolvê-lo exclusivamente, assinala Hertfelder, com uma política imigratória.

“Trazer imigrantes jovens que, além de baratear custos trabalhistas, rejuvenesce a população e além disso, por sua juventude, estão em condições de aumentar a natalidade. E além disso ajuda, como é o caso, a solucionar o problema do pagamento das pensões (pelo aumento dos ganhos da segurança social) mas não consertam nem solucionam os problemas das famílias na Espanha”.

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Segundo o presidente do IPF, “com isto, o desenvolvimento unicamente uma política imigratória, o único que se consegue é mascarar e falsificar durante um certo tempo, o problema de fundo que existe na Espanha: a carência de uma política integral de apóio à família”.

“Estes dados não são fruto de uma situação conjuntural mais ou menos pontual”, afirma Hertfelder, “é fruto de uma política de promoção e potencialização da imigração como única alternativa para resolver uma série de problemas tais como a natalidade, o crescimento populacional, o rejuvenescimento populacional”.

Na opinião do porta-voz do instituto, a imigração não é absolutamente uma ameaça para a família espanhola. “A imigração e as famílias espanholas são realidades complementares e não excludentes. A política de imigração não deve excluir políticas de apoio à família nem vice-versa. São as duas necessárias. A verdadeira ameaça para a família espanhola é que

atualmente carece virtualmente de ajudas, amparo e promoção, por parte das administrações”.