VATICANO, 22 de mar de 2007 às 12:20
Ao dirigir-se hoje no Vaticano aos participantes na sessão plenária do Pontifício Conselho para a Pastoral da Saúde, o Papa Bento XVI ressaltou que os "defensores de ofício da vida" não devem desprezar "jamais uma existência humana, embora seja deficiente" e exortou a "alentar as tentativas de cura" a fim de cobrir "sua inteira existência".
"A ciência médica progride quando aceita reformular o diagnóstico e os métodos de padre, pressupondo que os dados anteriores e os limites supostos possam superar-se. Por outro lado, a estima e a confiança do pessoal sanitário são proporcionais à certeza de que esses defensores do ofício da vida não desprezarão jamais uma existência humana, embora seja deficiente, e saberão alentar as tentativas de cura", disse o Santo Padre ante os membros do dicastério que preside o Cardeal Javier Lozano Barragán.
Em seu discurso breve, o Pontífice enfatizou que "o compromisso dos cuidados se estende, portanto, a todos os seres humanos, na tentativa de cobrir sua existência inteira. Esta perspectiva ética, apoiada na dignidade da pessoa e de seus direitos e deveres fundamentais ligados a ela, confirma-se e potência com o mandamento do amor, centro da mensagem cristã".
No início de seu discurso, Bento XVI afirmou que "a pastoral da saúde é efetivamente um âmbito evangélico por excelência que recorda a obra de Jesus, bom samaritano da humanidade, que acompanhava sempre o sermão com os sinais que cumpria sobre os doentes".
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"A saúde do ser humano, de todo ser humano –destacou o Santo Padre–, foi o sinal que Cristo escolheu para manifestar a proximidade de Deus, seu amor misericordioso que cura o espírito, a alma e o corpo".
Assim, o Papa convidou aos operadores sanitários a recordar sempre em todas suas iniciativas a Cristo, apresentado pelos Evangelhos como "médico divino", e assinalou que "socorrer os seres humanos é tanto um dever como uma resposta a um direito fundamental da pessoa, já que o cuidado dos indivíduos redunda em benefício da comunidade".
Finalmente, o Santo Padre fez notar como a caridade "se cumpre significativamente no cuidado dos enfermos" e recordou a importância da Eucaristia, "força para socorrer eficazmente o ser humano e promovê-lo à dignidade que lhe é própria".