VATICANO, 21 de mar de 2007 às 23:36
A Pontifícia Academia para a Vida emitiu um comunicado hoje onde responde às opiniões vertidas por meios italianos que qualificaram como um "atentado" à soberania dos estados à declaração final do dicastério vaticano ao término de sua 23° Assembléia Geral, e afirmou que estas acusações são "uma afronta à liberdade de pensamento e de expressão".
No texto datado em 21 de março, a Pontifícia Academia explica que interpretar seu comunicado ao término de sua Assembléia Geral "dirigida a todos os que, no mundo, têm parte ativa nas decisões e ações que resguardam a vida humana e sua tutela, como um 'atentado' à soberania do estado ou como uma instigação a cometer um crime, francamente resulta exagerado, instrumental, e sobre tudo, pouco propenso a resguardar a garantia efetiva da liberdade de pensamento e de expressão que constitui o requisito necessário de toda sociedade autenticamente democrática".
Depois de explicar que sua mensagem emitida ao término de sua Assembléia que versou sobre "o delicado problema do recurso à objeção de consciência no âmbito da tutela da vida humana", a Pontifícia Academia afirmou que "como a outros órgãos da Santa Sé, não lhe compete nenhum tipo de intervenção política ou de interferência com os processos democráticos dos estados de nenhum país do mundo".
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
"Compete aos laicos e a toda pessoa de boa vontade, de acordo às próprias responsabilidades sociais, a tarefa de encontrar as vias concretas e possíveis para pôr em prática as exigências que brotam do reconhecimento da dignidade de todo ser humano e do valor inviolável de sua vida", afirma o comunicado de resposta.
"Mas a Pontifícia Academia para a Vida –continua o texto– tem o direito (que considera como um dever) de contribuir a chamar e a alentar a cada um a exercitar a própria responsabilidade em ordem à tutela da vida humana individual".
Depois de comprometer-se novamente no empenho por defender a vida humana, a Pontifícia Academia finaliza sua enérgica resposta destacando a necessidade da busca comum da verdade, que perseguida com honestidade intelectual e retidão moral, no respeito às distintas visões, será o melhor caminho para alcançar as metas comuns ao serviço do bem autêntico de todo ser humano".