WASHINGTON DC, 21 de mai de 2004 às 17:47
Como resposta aos 48 congressistas “católicos” que enviaram uma carta ao Cardeal Theodore McCarrick advertindo “repercussões” por proibir a Comunhão aos políticos abortistas, a organização American Life League (ALL) publicou uma mensagem onde reafirma que “os ensinamentos da Igreja sobre o aborto são muito claros” e explica que no fundo estes legisladores “não entendem a fé que proclamam”.
A mensagem –assinada pela presidenta de ALL, Judie Brown– ressalta que “é desagradável que estes congressistas católicos tentem tomar a Cristo como refém no que claramente foi uma velada ameaça contra a hierarquia da Igreja. Isto nunca foi, e nunca deve ser uma questão de política. É questão da obediência que se requer de todos para ser bons católicos, sem importar o partido ao qual pertencem, seu trabalho ou seus ‘critérios pessoais’”.
“Esta carta manifesta claramente que estes deputados católicos carecem de um completo entendimento da mesma feé que proclamam. Advertem que proteger a Comunhão de um reconhecido sacrilégio ‘será contraproducente e trará grande dano à Igreja’. Não há nada mais daninho para a Igreja que permitir conscientemente que o Corpo e o Sangue de Cristo sejam profanados e perpetuar a mentira de que se pode ser católico e apoiar o aborto”, acrescenta Brown.
A carta de ALL explica que “os ensinamentos da Igreja Católica sobre o aborto são muito claros e foram explícitas durante dois mil anos: o aborto é um ‘intrínseco mal moral’ que nunca pode ser apoiado”; e lembrou que “em abril de 2003, o Papa João Paulo II reiterou em sua encíclica Ecclesia de Eucharistia que os que mostram uma ‘conduta externa repetida categoricamente contrária à norma moral’ não estão em comunhão plena com a Igreja e devem ser proibidos da Comunhão”.
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“Então não importa muito o que estes congressistas ‘sentem’. A postura da Igreja sobre esta matéria é muito clara”, acrescentou Brown.
Finalmente, a mensagem esclarece que “a reclamação por causa dos bispos que fazerm cumprir os ensinamentos da Igreja” culpando-os de “aumentar o ‘latente preconceito anti-católico’ é uma forma evidente de fanatismo anti-católico que o Cardeal McCarrick não deveria tolerar”.
“É absurdo exigir que a Igreja não tem direito de fazer cumprir seus ensinamentos. Afinal, há uma verdade simples e objetiva que não pode ser mudada por nada, incluindo esta carta: o senhor não pode ser católico e estar a favor do aborto. os bispos têm uma obrigação de manter esta verdade”, concluiu Brown.