VATICANO, 25 de abr de 2007 às 18:17
O Subdirector da Sala Stampa da Santa Sé, Pe. Ciro Benedettini, negou uma suposta intromissão política do Papa Bento XVI no assunto da despenalização do aborto no México e precisou que "não é a primeira vez que existe um pronunciamento assim, porque com temas como este o Papa não pode deixar de intervir, embora o faz em sua qualidade de líder católico e não como chefe de Estado".
Quando o Santo Padre “se pronuncia não é em vantagem do Vaticano ou da Igreja, a não ser para proveito da nação a qual se dirige porque se trata da defesa de valores universais e transcendentes", explicou o subdirector da sala de imprensa da Santa Sé.
Do mesmo modo, o sacerdote disse que quando se trata de temas como o aborto ou a eutanásia o Papa "olha à ética e não à política" e intervém no que considera "valores irrenunciáveis". Deste modo destacou que a Santa Sé sempre condena "todo atentado contra a vida".
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Faz alguns dias, a Conferência do Episcopado Mexicano divulgou uma carta do Papa Bento XVI em que apoiava a campanha no México em favor da vida e contra a despenalizção do aborto. Esta mensagem foi atacada por dirigentes do Partido da Revolução Democrática (PRD), quem pediu ao governo que emita uma "nota de protesto" pela suposta "ingerência" do Papa na política nacional.
Ontem à noite, a Assembléia Legislativa do Distrito Federal aprovou despenalizar o aborto na Cidade do México, face aos protestos da Igreja Católica e grupos pro-vida, que preparam um recurso de inconstitucionalidade para impedir a entrada em vigência da norma anti-vida.