BUENOS AIRES, 8 de set de 2004 às 16:11
O “Encontro Nacional para a Redução da Mortalidade Materna” que se realizou nos dias 6 e 7 de setembro em Castelar, província de Buenos Aires, foi, na opinião dos especialistas, utilizada por organizações anti-vida e por autoridades de saúde do atual governo para promover a legalização do aborto no país.
Conforme deu a conhecer a agência Notivida, apesar da redução da mortalidade materna em 7% entre 2002 e 2003, e que continua descendo no ano 2004; os organismos participantes aproveitaram o evento para assinar uma “ata de compromisso” centrada na “prevenção da gravidez não desejada”, e em “que a mulher em situação de aborto não seja discriminada e receba uma atenção humanizada, rápida e efetiva”; eufemismos para promover a legalização do aborto.
Os acordos surgidos desta reunião, adverte Notivida, servirão como insumo para a Reunião de Ministros de Saúde das Américas, programada para o mês de junho de 2005, e para a Reunião de Governos das Américas, prevista para novembro do mesmo ano.
A abertura do encontro esteve a cargo do Ministro da Saúde da Nação e da Dra. Nora Rébora, Diretora Nacional de Saúde Materno Infantil. Participaram dele, além disso, a secretária de Política, Regulação e Relações Sanitárias do Ministério de Saúde e Ambiente da Nação, Graciela Rosso; Maria do Carmo Feijó, do Fundo de População da Organização das Nações Unidas (ONU); Jorge Rivera Pizarro, titular da Unicef na Argentina; Marianne Mellmann, do Human Rights Watch; Silvina Ramos, do Centro de Estudos de Estado e Sociedade (CEDE); Enrique Vázquez, da Organização Pan-americana da Saúde (OPS); Guillermo Carrolli, do Centro de Estudos Perinatológicos de Rosário; referentes das áreas materna-infantil das províncias; coordenadores provinciais do Programa do Seguro Materno-Infantil; chefes de serviços de obstetrícia dos principais hospitais do país e representantes da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Buenos Aires (SOGIBA); entre outras organizações e orgnaismos.
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Durante o evento o Ministério da Saúde da Nação anunciou que distribuirá no próximo ano em todas as províncias o dobro de preservativos e de dispositivos intra-uterinos (DIUs), no marco do Programa de Saúde Sexual e Procriação Responsável.
A carteira sanitária antecipou que a partir do próximo ano distribuirá em todo o país 5 milhões de anticoncepcionais hormonais orais, 850 mil anticoncepcionais hormonais injetáveis, 460 mil DIUs, 8 milhões de preservativos, mais de 600 mil anticoncepcionais hormonais orais compatíveis com a lactação materna e 2.500 kits de instrumental para colocação do DIUs.
Além disso, González García, citando as cifras superdimensionadas e sem sustento estatístico das organizações abortistas, fez insistência em que “um terço das mortes maternas têm como causal de fundo o aborto, o aborto incompleto, mal feito, ou o aborto feito em condições clandestinas e insalubres”, procurando assim abrir as portas à legalização do aborto do campo da saúde.