NOVA IORQUE, 25 de out de 2018 às 09:25
A embaixadora dos Estados Unidos ante a ONU, Nikki Haley, elogiou os “milagres cotidianos” da Igreja Católica em todo o mundo, assim como sua decidida resposta aos escândalos de abusos sexuais cometidos por alguns membros do clero.
Em sua intervenção no jantar anual Al Smith em Nova York em 18 de outubro, Haley disse que seria “trágico” se os escândalos de abusos cegassem o mundo “diante das surpreendentes boas obras que a Igreja Católica realiza todos os dias”.
As boas obras, continuou, são “milagres que constituem o caminho da Igreja”, que faz um “trabalho incrível” para ajudar “milhões de pessoas desesperadas” em todo o planeta.
A embaixadora católica contou que teve que estar em “lugares realmente escuros” do mundo, onde as pessoas “sofrem muito mais do que os norte-americanos podem imaginar”.
“Estive na fronteira entre Colômbia e Venezuela, onde as pessoas caminham três horas sob o sol ardente para receber a única refeição a que têm acesso durante o dia. Quem lhes dá essa comida? A Igreja Católica”.
Haley também esteve “em um campo de refugiados na África Central, onde pequenos homens são sequestrados e obrigados a se tornar crianças soldados; e onde as meninas são violadas rotineiramente. Quem está à frente para mudar esta cultura de corrupção e violência? A Igreja Católica”.
A diplomata, que continuará no cargo de embaixadora dos Estados Unidos ante a ONU até final deste ano, também disse que os escândalos de abusos sexuais sacudiram a Igreja em todo o mundo e que “seria um descuido” não se referir ao tema.
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“O lugar da Igreja Católica deve ser com as vítimas que carregam sua dor consigo. Conheço líderes eclesiais que reconhecem sua grave responsabilidade para lidar com este fracasso moral e que estão atuando fazendo frente ao tema”, disse.
O jantar anual da Alfred E. Smith Foundation serve às “crianças mais necessitadas da Arquidiocese de Nova York, independente de raça, credo ou cor”. Nesta ocasião, arrecadou quatro milhões de dólares.
Smith foi governador do estado de Nova York e o primeiro católico do Partido Democrata a ser nomeado candidato à presidência dos Estados Unidos.
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