Em sua nova coluna semanal intitulada “A criação e o futuro do matrimônio”, Dom José Gómez, Arcebispo de Los Angeles (Estados Unidos), fez uma crítica sobre a aprovação do “matrimônio homossexual “ pela Corte Suprema no país, no mês de junho.

O Arcebispo assinalou: “Esta decisão não nos surpreende, pois somente agravou os sinais da crise da sociedade americana que começaram com a primeira legalização de uma união homossexual, conhecida como Obergefell V. Hodges”.

Por outro lado, indicou que “esta mentalidade rejeita a ideia da criação e da natureza humana. Pois todo o mundo natural, nossas instituições sociais, nossos corpos, inclusive nosso próprio ‘ser’, tudo se transformará em uma espécie de ‘matéria prima’ que nós podemos estruturar de acordo com a nossa vontade, utilizando para isso a tecnologia, a psicologia, inclusive a lei e a política social”, indicou o Prelado.

Dom José Gómez acrescentou que a Corte Suprema e os partidários do “matrimônio homossexual” não aceitam a sexualidade humana, nem o matrimônio como parte da ordem da criação. Mas, o consideram um “constructo” e por isso pode ser “reconstruído”.

“Esta não é uma visão da pessoa humana, digna dos fundadores dos Estados Unidos. Os fundadores construíram este país acreditando que os homens e as mulheres foram criados com igual dignidade por nosso Criador. Mas precisamente isso é o que o Obergefell nega: nossa condição de seres criados”, assinalou o Prelado.

O Arcebispo de Los Angeles ainda indicou que “a sociedade deve escutar a verdade sobre a pessoa humana e sobre o Plano de Deus focalizado na família constituída pelo homem e pela mulher”.

“Este continua sendo nosso dever. E estamos chamados a cumprir esse dever com amor e respeito para com todos, sem exceções nem desculpas”, concluiu Dom José Gómez.