A Pontifícia Academia para a Vida emitiu um comunicado ontem (19) justificando a nomeação de membros feita no dia 15 que incluem um teólogo favorável à contracepção artificial, uma ateia pró-aborto, dois rabinos e vários muçulmanos como membros.

"As nomeações dos Acadêmicos Ordinários são feitas pelo papa" disse o comunicado. "Antes de serem nomeados, os nomes propostos ou recomendados passam por um procedimento que envolve a consulta ao núncio apostólico e à conferência episcopal dos países onde vivem e trabalham os acadêmicos".

A academia defendeu a necessidade de incluir “mulheres e homens com experiência em várias disciplinas e de diferentes origens, para um diálogo interdisciplinar, intercultural e inter-religioso constante e frutífero”.

“Por isso, entre os acadêmicos também há não católicos: dois rabinos, um acadêmico xintoísta, muçulmanos, um teólogo anglicano", disseram no comunicado.

Não foi dito nada sobre o teólogo francês monsenhor Philippe Bordeyne, defensor da bênção de uniões homossexuais e crítico da encíclica Humanae vitae, com que são Paulo VI proibiu o uso de métodos anticoncepcionais artificiais. Também não citaram Mariana Mazzucato, ateia, defensora do aborto.

A Pontifícia Academia para a Vida se definiu como "um organismo de estudos e pesquisas" e assegurou que por isso é necessário "o diálogo entre pessoas de diferentes origens".

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