Roma, 3 de set de 2018 às 18:00

A Comissão dos Episcopados da União Europeia (COMECE) expressou a sua fidelidade ao Papa Francisco, depois da divulgação do testemunho de um ex-núncio nos Estados Unidos que acusa o Santo Padre de não agir de maneira adequada ante as acusações contra o ex-cardenal Theodore McCarrick.

"Diante dos graves ataques contra a Igreja e o Santo Padre, a COMECE reafirma o seu apoio, fidelidade e confiança ao Papa Francisco", assinala o comunicado divulgado na sexta-feira, 31 de agosto, assinado pelo Arcebispo Jean Claude Hollerich.

A Comissão também condena “as tentativas de dividir a Igreja de Cristo e pede a todas as pessoas de boa vontade para que trabalhem com fé no desenvolvimento de um mundo de justiça, verdade e paz".

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Dom Carlos Maria Viganò, que foi Núncio Apostólico nos Estados Unidos entre 2011 e 2016, em 25 de agosto publicou um testemunho de 11 páginas, no qual acusou vários sacerdotes, bispos e cardeais de encobrir as denúncias de abusos sexuais que pesam sobre o ex-cardeal Thedore McCarrick, Arcebispo Emérito de Washington.

O ex-núncio nos Estados Unidos disse ainda que em março de 2013, pouco depois de sua eleição como Pontífice, Francisco retirou as supostas sanções que seu predecessor, Bento XVI, teria imposto a McCarrick e teria o convertido em “seu conselheiro de confiança”.

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Segundo Dom Viganò, McCarrick aconselhou o Papa Francisco sobre a nomeação de bispos nos Estados Unidos, como o novo Arcebispo de Chicago, Cardeal Blase Cupich, e o Arcebispo de Newark, Cardeal Joseph William Tobin.

A decisão da COMECE se soma a de outros Episcopados, como Peru, Argentina e Espanha, que também expressaram sua proximidade e apoio ao Santo Padre.

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