A presidência da Conferência Episcopal Italiana (CEI) doou mais dez milhões de euros como uma contribuição extraordinária para as regiões cujo território foi definido como "laranja" ou "vermelho" de acordo com o grau de contaminação pelo coronavírus, que no país já tem 232.997 casos e mais de 33 mil mortes.

Essa doação soma-se aos 200 milhões que já foram entregues às dioceses de todo o país em abril e aos nove milhões que, no total, enviaram para a África e outros países pobres.

Os fundos, explica a CEI, provêm do fundo arrecadado com as contribuições dos fiéis, os chamados ‘oito por mil’ ou 0,8% do Imposto de Renda que os cidadãos podem destinar para a Igreja.

Este dinheiro tem como finalidade "apoiar indivíduos e famílias em situações de pobreza ou necessidade, entidades ou associações que trabalham para superar a emergência causada pela pandemia e entidades eclesiásticas em situações de dificuldade”, indica um comunicado da CEI.

Além da doação, os bispos italianos anunciaram a campanha "Há um país", para continuar colaborando com os mais necessitados através do ‘oito por mil’.

A campanha para receber doações será lançada no domingo, 31 de maio, e recorda que “a Igreja Católica, também na emergência, não parou de se encarregar dos mais fracos: desde o pároco de uma pequena cidade da província, que durante a epidemia teve que sustentar sua comunidade graças à tecnologia e de maneira criativa, até os refeitórios da Cáritas, que encontraram maneiras diferentes de ajudar as famílias em dificuldade”.

"Assim, transformou-se em lugar onde se acolhe e se encontram pessoas prontas para ajudar, devido aos muitos projetos para incentivar o trabalho e para buscar a reinserção de muitos desempregados, ajudar as mulheres vítimas da violência, e assim por diante, milhares de projetos por ano”.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

Confira também: