Uma campanha on-line pede ao "papa Francisco e às autoridades hierárquicas competentes que deixem bem claro o comportamento anticatólico do presidente Biden" por apoiar o aborto nos EUA.

A iniciativa promovida na Espanha pela Associação Enraizados em Cristo e na Sociedade lembra que, segundo o cânon 1.398 do Código de Direito Canônico, “quem procurar o aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententiae”.

A expressão latina citada pelo cânon significa que a pena é aplicada pela própria força da lei, sem necessidade de declaração expressa das autoridades eclesiásticas.

Essa associação de leigos considera a dupla militância de Joe Biden como católico e defensor do aborto “totalmente incompatível”: “Biden não pode se dizer católico e defender a cultura da morte”.

Depois da histórica decisão da Suprema Corte dos EUA de 24 de junho passado, e que foi revogada a sentença do caso Roe x Wade, de 1973, que liberou o aborto no país, cada Estado americano pode legislar sobre o aborto.

A reação do presidente democrata a essa sentença foi assinar uma ordem executiva para evitar os efeitos da sentença e facilitar o aborto para mulheres que vivem em Estados onde as leis protegem a vida humana.

Biden também disse que a maneira mais rápida de combater os efeitos de Dobbs x A Jackson Women's Health Organization, o caso em cuja sentença a Suprema Corte decidiu que não existe direito constitucional ao aborto nos EUA, é fazer uma lei nacional tornando o aborto livre no país inteiro, para isso ele precisa de maioria de democratas no Congresso.

Assim, ele chamou à mobilização do voto nas próximas eleições de novembro, nas quais serão eleitos os membros do Congresso e cerca de um terço dos senadores.

A campanha de Enraizados pode ser consultada neste link.

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