O cardeal Marc Ouellet, prefeito do Dicastério para os Bispos da Santa Sé, negou as acusações de agressão sexual e disse que está disposto a defender sua inocência no caso de uma investigação civil.

Por meio de uma mensagem enviada à sala de imprensa da Santa Sé, o cardeal Marc Ouellet descreveu as acusações de abuso sexual como falsas e negou “ter cometido gestos inapropriados contra essa pessoa e considerou difamatórias a interpretação e a divulgação dessas acusações de agressão sexual”.

“Se for aberta uma investigação civil, pretendo participar ativamente dela para que a verdade seja estabelecida e minha inocência seja reconhecida”, disse Ouellet.

Num comunicado divulgado ontem (18), o diretor da sala de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, destacou que "o papa Francisco declara que não existem elementos suficientes para abrir uma investigação canônica por agressão sexual do cardeal Ouellet contra a pessoa F".

Segundo a agência de notícias AFP, o cardeal Ouellet, de 78 anos, está entre os acusados ​​"em uma ação coletiva contra mais de 80 padres e leigos em Quebec", no Canadá.

Segundo a AFP, Ouellet é acusado "de ter tocado de maneira inadequada uma estagiária entre 2008 e 2010 enquanto era arcebispo de Quebec".

O cardeal Marc Ouellet, prefeito do Dicastério para os Bispos da Santa Sé, foi arcebispo de Quebec de 2003 a 2010.

O papa Francisco encomendou uma investigação preliminar sobre as denúncias de abuso sexual ao padre jesuíta belga Jacques Servais, que concluiu que "não havia elementos para iniciar um processo contra o cardeal Ouellet por agressão sexual".

“Nem em seu relatório escrito enviado ao Santo Padre, nem no testemunho via Zoom que posteriormente recebi na presença de um membro do Comitê Diocesano Ad Hoc, essa pessoa não fez uma acusação que oferecesse matéria para uma investigação", disse Servais, segundo o comunicado de Matteo Bruni.

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