LONDRES, 21 de dez de 2018 às 12:00
Ensinarão agora aos estudantes de uma cidade da Inglaterra que os meninos e, em geral, as pessoas "de todos os gêneros" têm ciclo menstrual, como parte das novas recomendações curriculares aprovadas pelo conselho local.
O relatório que contém os novos ensinamentos sobre educação sexual foi publicado em 3 de dezembro pelo conselho da cidade de Brighton & Hove, no sudoeste da Inglaterra. No texto, recomenda-se que "a linguagem e a aprendizagem sobre o ciclo menstrual inclua todos os gêneros, culturas, crenças e orientações sexuais".
"Os meninos e os homens trans e as pessoas não binárias podem ter períodos", indica o texto, e acrescentou que "a menstruação deve incluir todos os gêneros".
Do mesmo modo, o relatório indica que "a linguagem e a aprendizagem" dos professores e alunos devem ser, "por exemplo: meninas e mulheres e outros que têm ciclo menstrual".
Com estas novas diretrizes, os produtos femininos também estarão disponíveis tanto nos banheiros de meninos como no das meninas.
Ao comentar as novas normas, o Conselho disse que "é importante que todos os gêneros possam aprender e falar sobre a menstruação juntos. Nossa abordagem reconhece o fato de que algumas pessoas que têm ciclo menstrual são trans ou não binárias".
Entretanto, David Davies, um membro do Parlamento, disse a ‘The Mail on Sunday’ que era "loucura" ensinar aos pequenos que os meninos têm ciclo menstrual.
"Aprender acerca do ciclo menstrual já é um tema difícil para as crianças dessa idade, por isso, se lhes dão a ideia de que as meninas que acreditam que são meninos também têm ciclo menstrual, os deixará completamente confusos", assegurou.
Por sua parte, Stephanie Davies-Arai, da associação Transgender Trend, disse que as meninas que passam pela puberdade já estão passando por um momento difícil, e por isso, o que "se deve oferecer é uma linguagem clara para poder falar sobre seus corpos e suas funções biológicas femininas sem expressá-lo em termos politicamente corretos".
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Esta não é a única política a favor de aplicar a ideologia de gênero na educação escolar do Reino Unido.
Em novembro deste ano, a professora de um colégio no Reino Unido denunciou que o centro educativo enganou 17 estudantes autistas, fazendo-os acreditar que deveriam ter nascido mulheres e que precisavam passar por um processo de mudança de sexo.
No mesmo mês, uma pesquisa revelou que outra escola em Brighton (Inglaterra) tinha 40 crianças que não se identificavam com o seu sexo ao nascer e outras 36 afirmavam ser "gênero fluido" (que mudam de gênero conforme a sua vontade).
‘The Mail on Sunday’ informou que o Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido tem um "serviço especializado para crianças que querem mudar de sexo" e os cuidados aumentaram em 700% nos últimos cinco anos.
Em julho, ‘The Independent’ revelou que pelo menos 40 escolas de ensino médio na Inglaterra já impediram as meninas de usarem saias e as substitui por "uniformes neutros" a fim de ser "mais inclusivas" e não ofender outras crianças que se consideram "transgênero". Outras escolas também estão considerando a mudança atualmente.
No início deste ano, ‘The Telegraph’ também revelou como uma orientadora do NHS dizia que os homens que vivem como mulheres estavam sendo convidados a fazer um exame de câncer no colo do útero, apesar de não terem o colo do útero.
Confira também:
Denunciam que 17 crianças autistas foram enganadas por colégio para “mudar de sexo” https://t.co/cCa9gu6HKb
— ACI Digital (@acidigital) 30 de novembro de 2018