Uma revista italiana informou que cinco funcionários do Vaticano foram suspensos depois da busca realizada nos escritórios da Secretaria de Estado, em 1º de outubro.

A Secretaria de Estado é o escritório central do governo da Igreja Católica e o departamento da Cúria Romana que trabalha mais de perto com o Papa. Também é responsável pelo governo do estado da Cidade do Vaticano.

Um memorando interno de 2 de outubro do governo do Vaticano – publicado por L'espresso – assinalou que as cinco pessoas foram "suspensas do serviço".

Entre os funcionários aparentemente suspensos está Mons. Mauro Carlino, que supervisiona a documentação da Secretaria de Estado, junto com o leigo Tomasso Di Ruzza, Diretor da Autoridade de Informação Financeira do Vaticano.

Outros dois homens e uma mulher também estão listados como suspensos.

As suspensões seguem uma busca realizada em 1º de outubro e autorizada pelos promotores do sistema judicial da Cidade do Vaticano.

Na investigação, foram recolhidos documentos e dispositivos relacionados às denuncias apresentadas no início do último verão pelo Instituto para as Obras de Religião (IOR), comumente chamado Banco do Vaticano, e pelo Auditor Geral, relativas a uma série de operações financeiras “realizadas ao longo do tempo”, segundo precisa o memorando.

O documento de suspensão diz que Mons. Carlino continuará morando na Casa Santa Marta, a residência onde o Papa Francisco também mora, e que funcionários suspensos podem entrar no Estado da Cidade do Vaticano para acessar serviços de saúde, ou se um magistrado da Santa Sé permitir.

A Autoridade de Informação Financeira do Vaticano supervisiona as transações financeiras suspeitas e é responsável por garantir que as políticas bancárias do Vaticano cumpram os padrões financeiros internacionais.

O Papa Francisco aprovou novos documentos de governo para o Banco do Vaticano no último verão, fazendo a transição do banco de sua prática de usar auditores internos para o uso de um auditor externo para revisar as finanças e as transações. O banco tem um longo histórico de transações financeiras complexas, enfrentou escândalos e foi criticado pela falta de transparência financeira.

O Papa tornou as reformas do Banco do Vaticano uma prioridade de seu pontificado.

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