“Nós, bispos do Brasil, acompanhamos com tristeza e preocupação os acontecimentos que têm marcado a vida da Igreja na Nicarágua. Sentimo-nos profundamente unidos aos irmãos bispos e a todo o povo nicaraguense. Clamamos ao Bom Deus para que a paz e a justiça sejam alcançadas. ”

Esse é o texto completo da carta que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou na última segunda-feira (15) a dom Carlos Enrique Herrera Gutiérrez, bispo de Jinotega, na Nicarágua e presidente da Conferência episcopal nicaraguense. A Igreja vem sendo perseguida pelo governo do presidente Daniel Ortega, ex-guerrilheiro da Frente Sandinista de Libertação Nacional, de esquerda, que, com pequenos intervalos, está no poder no país desde 1979.

O post do site da CNBB que fala sobre a carta diz que “nas últimas semanas, o governo da Nicarágua prendeu três sacerdotes; tem mantido o bispo da diocese de Matagalpa, dom Rolando Álvarez, confinado na cúria diocesana; fechou oito emissoras de rádio ligadas à Igreja e expulsou do país as religiosas Missionárias da Caridade de Santa Teresa. Há relatos também de agressões e destruição de imagens e símbolos religiosos católicos”.

A carta é assinada por dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, por dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre (RS) e primeiro vice-presidente da CNBB, por dom Mário Antônio da Silva, arcebispo de Cuiabá (MT) e segundo vice-presidente da CNBB, e por dom Joel Portella Amado, bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB.

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