SÃO PAULO, 15 de out de 2018 às 10:00
Após a participação do candidato à Presidência Fernando Haddad (PT) em Missa e posterior discurso aos fiéis na escadaria da igreja, na Paróquia Santos Mártires, na Diocese de Campo Limpo (SP), foi divulgada nota informando que o ato se deu “à revelia do Sr. Bispo” e que o sacerdote responsável “foi devidamente advertido”.
O fato ocorreu na sexta-feira, 12 de outubro, Solenidade de Nossa Senhora Aparecida. Na ocasião, Haddad, juntamente com sua esposa Ana Estela e sua candidata a vice-presidente Manuela D’Ávila (PCdoB), participou da Santa Missa e todos receberam a Eucaristia.
Segundo informou o site ‘Estadão’, o candidato também teria discutido com uma mulher que disse que ele não poderia participar da comunhão por ser “um abortista”. Após a Missa, discursou para os fiéis na escadaria da igreja e recebeu o apoio explícito do celebrante, Padre Jaime Crowe, que pediu votos ao petista.
Diante do ocorrido, a Diocese de Campo Limpo divulgou uma nota de esclarecimento no dia 13 de outubro, na qual reforça que a indicação do Bispo Diocesano, Dom Luiz Antônio Guedes, “é que nenhum clérigo (padre ou diácono) que exerce seu ofício nesta Diocese deve se utilizar da celebração litúrgica, ou de qualquer ato de culto, com finalidades político-partidárias”.
“O sacerdote responsável pelo evento em tela, Pe. Jaime Crowe, praticou esse ato sem prévia comunicação e à revelia do Sr. Bispo de Campo Limpo, e foi devidamente advertido segundo as normas do Direito Canônico”, afirma.
A Diocese reafirma ainda “a orientação de que, para aproximar-se da Eucaristia e comungar, todo fiel católico deve consultar sua própria consciência e verificar se está em comunhão com os ensinamentos de Cristo, e se está espiritualmente preparado e em estado de graça, para que, assim, receba a Sagrada Eucaristia de forma ativa, consciente e frutuosa”.
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Além disso, acrescenta, “reafirmamos ainda o nosso compromisso em defesa da vida e a orientação de que cada cidadão vote com liberdade e de modo consciente no segundo turno das eleições”.
“A Igreja Católica não indica candidatos nem partidos políticos”, ressalta a nota.
Por fim, deseja “que os candidatos a cargos eletivos conduzam suas campanhas dentro dos princípios democráticos e éticos, visando a unidade do povo e o bem maior da nação brasileira, à luz do Santo Evangelho e do Bem Comum”.
Confira também:
Sacrilégio e possível crime eleitoral após missa com candidato Fernando Haddad, denunciam https://t.co/AKZpy2xO6J
— ACI Digital (@acidigital) 12 de outubro de 2018