“É profundamente perturbador e trágico que o presidente Biden escolha usar seu poder como presidente dos Estados Unidos para promover e facilitar o aborto em nosso país”, disse dom William E. Lori, arcebispo de Baltimore e presidente do Comitê de Atividades Pró-Vida da Conferência Episcopal dos EUA, num comunicado publicado neste sábado (9), um dia após a ordem executiva assinada por Biden para “proteger” o aborto nos Estados Unidos.

Biden está “buscando todas as maneiras possíveis de negar aos nascituros seu direito civil mais essencial, o direito à vida; em vez de usar o poder do executivo para aumentar o apoio e o cuidado às mães e seus bebês, seres humanos sem voz”, disse Lori.

Biden assinou uma ordem executiva na sexta-feira (8) que busca "proteger" o acesso ao aborto, em resposta à decisão da Suprema Corte de anular a sentença Roe x Wade, que tinha liberado o aborto no país em 1973. Com a decisão, cada Estado pode legislar sobre o aborto.

Em entrevista coletiva antes da assinatura da ordem executiva, Biden, o segundo presidente católico na história dos EUA e um defensor declarado do aborto, disse que a decisão da Suprema Corte é "terrível" e "totalmente errada".

O presidente dos EUA disse ainda que é importante "proteger nossa nação da agenda extremista".

Biden planeja propor uma lei nacional para tornar o aborto legal novamente nos Estados Unidos, para isso ele precisa de maioria no congresso. As eleições para o congresso serão em 8 de novembro.

Em sua declaração, Lori pediu ao presidente Biden que "abandone este caminho que leva à morte e à destruição e escolha a vida".

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Como sempre, destacou o arcebispo, “a Igreja Católica está disposta a trabalhar com este governo e autoridades eleitas para proteger a vida de cada ser humano”.

Desta forma, concluiu, será possível “garantir que as mães grávidas e outras mães sejam totalmente apoiadas no cuidado dos seus filhos, antes e depois do nascimento”.

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