REDAÇÃO CENTRAL, 30 de mai de 2018 às 16:00
Em janeiro de 2011, a Região Serrana do Rio de Janeiro foi vítima de uma grande tragédia climática que deixou centenas de mortos e milhares de desalojados, mas, em meio à tamanha desolação, surgiu um testemunho de devoção e confiança na Virgem Maria.
Era madrugada de 11 para 12 de janeiro de 2011 quando uma intensa chuva atingiu as cidades da região, elevou rapidamente o nível dos rios, causou inundações, enxurradas e desmoronamentos, deixando, segundo dados oficiais do governo do estado, 918 mortos, 30 mil desalojados e cerca de 100 desaparecidos.
Na cidade de Petrópolis, uma das localidades mais atingidas foi o Vale do Cuiabá, onde Malcoln Oliveira Carvalho mora com sua família. Ele recorda que, naquela madrugada, foi acordado pela esposa Sandra “por causa do barulho da chuva e de gritos que ouvíamos de socorro”.
Sobre aquele momento, Malcoln, que é administrador hospitalar em um laboratório, narra que estava sonhando que daria um treinamento na empresa, mas os funcionários ligavam dizendo que estava chovendo e não poderiam comparecer por causa das inundações. “E nessa, sou acordada em meio à enchente. Confio fielmente que era o Senhor me avisando”.
“Eu e minha esposa começamos a observar o rio que já estava bem cheio e já alcançava um lugar que nunca tinha visto em 40 anos”. Conforme o nível da água começou a subir e entrar na casa, conseguiram tirar o carro e a moto da garagem e levantar tudo o que estava dentro da residência. Entretanto, a água continuava subindo.
“Quando nós fizemos tudo que poderia ser feito e não tinha mais o que fazer, neste momento minha esposa falou ‘agora só nos resta rezar e pedir a Deus por nossas vidas’”, recorda. Então, “começamos a rezar a pedir a Deus ajuda e a intercessão de Nossa Senhora”.
Nesse momento, “apesar de tudo o que estava acontecendo, do nervosismo, do desespero, do medo, da angústia, eu senti muito forte as mãos de Deus sobre toda minha casa e principalmente sobre minha família”.
Logo após, decidiu sair de casa com a esposa e as duas filhas, Maria Cecília e Maria Clara, e seguir para um lugar mais alto no sítio onde moram, assim como fizeram também o sogro e a sogra dele. No caminho, eram “impedidos pela força da água que estourava por detrás de nossa casa e da casa do sogro”.
“Nós todos naquele momento não entendíamos nada, mas Deus nos preparava algo especial, pois, o único lugar que nos restou foi subir em um pé de jabuticaba: eu, minha esposa, minhas duas filhas, meu sogro, minha sogra, meus dois cunhados e minha concunhada, 9 pessoas salvas pela graça de Deus e um pé de jabuticaba”, testemunha.
Permaneceram naquela árvore das 2h30 às 6h, quando começaram a “ver realmente a tragédia de que Deus nos tinha livrado por algum motivo”.
“Apesar das perdas materiais, lembro-me ainda uma frase que o meu sogro falou: ‘Nós não perdemos nada, pois estamos vivos e juntos, não sei como seria se um de nós tivesse ido embora. Deus é bom demais’”, recorda.
Dois dias após esses fatos, a esposa de Malcoln explicou a um casal de amigos o que tinha acontecido e mostrou a jabuticabeira em que foram salvos.
“Pasmem, apareceu na mesma jabuticabeira uma pequena imagem de Nossa Senhora Aparecida de uns 3 centímetros que não pertencia a nenhuma das nove pessoas que foram salvas”, conta.
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Enquanto para muitos tudo isso possa parecer coincidência, Malcoln garante: “Eu e todos que estavam na jabuticabeira temos a certeza de que, além de um grande aviso, foi providência e milagre de Deus”.
Além disso, completa seu testemunho com uma pergunta: “Por que a imagem de Nossa Senhora Aparecida e não outra imagem?”, ao que ele mesmo responde: “Vale lembrar que a imagem da Padroeira do Brasil também foi resgatada das águas”.
Confiantes na Mãe de Deus
Casado há 25 anos, Malcoln nasceu em uma família católica, mas, durante a juventude, foi para uma Igreja Evangélica, onde ficou por cerca de dois anos. Por isso, admite, “tinha um pouco de aversão a Nossa Senhora”.
Entretanto, em abril de 1993, ele e a esposa Sandra participaram do Encontro de Casais com Cristo (ECC), movimento do qual fazem parte até hoje. “Eu tive um encontro pessoal com Nossa Senhora no meu ECC e passei realmente a amá-la”, diz.
Desde então, a Virgem Maria se faz presente em todos os momentos da vida desta família, pois, segundo Malcoln, confiam plenamente nela.
“Se uma mãe faz qualquer coisa por um filho, mesmo que esse filho seja mal, imagina a Mãe de Jesus para nós que, como família – eu, minha esposa, minhas filhas –, tentamos fazer o melhor, ser boas pessoas, a seguir os preceitos de Deus? O que Ela não seria capaz?”, perguntou-se.
Nesse sentido, recordou a conhecida frase que diz: “pede à Mãe que o Filho atende”. “Nós confiamos muito no Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Mas nunca deixamos de pedir ajuda da nossa querida Mãe, a intercessão dela, porque Ela, como Mãe, conhece os filhos que tem”.
E essa é a mensagem que busca transmitir às pessoas com sua fé e testemunho. “Nunca deixem de acreditar em Deus, em Jesus, na ajuda do Espírito Santo. Mas nunca deixem de recorrer à nossa Mãe Santíssima”.
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Nos EUA, brasileira encontrou na Virgem Aparecida conforto e a graça da maternidade https://t.co/0xov0sO580
— ACI Digital (@acidigital) 29 de maio de 2018