DENVER, 7 de dez de 2022 às 10:00
Frank Capra, o diretor católico do filme "A Felicidade Não Se Compra", disse em um diário descoberto recentemente que uma das tentações com que teve que lutar em sua carreira foi deixar de lado os seus valores católicos em suas obras.
O escritor Matt Archbold disse em uma nota do jornal National Catholic Register, do grupo EWTN ao qual pertence ACI Digital, que Capra foi um católico que “não teve que lutar apenas contra a indústria de Hollywood”, mas “resistiu à tentação do diabo de diluir a forte moralidade que seus filmes tinham”.
Archbold disse que no diário "Night Voices" (Vozes Noturnas), descoberto há pouco tempo na casa do filho de Capra, o diretor católico escreveu sobre como Hollywood foi contra ele no final de sua carreira.
Capra escreveu que falou com o diabo uma noite quando estava sentado em uma casa à beira de um lago bebendo muito. E que o demônio tentou convencê-lo a escrever filmes sem valores, informa o site da CBS Los Angeles.
Segundo Archbold, Capra, ao falar do seu filme "Do Mundo Nada se Leva", destacou que foi uma oportunidade para anunciar o pedido de Cristo de amar os outros, que é ‘a’ força substancial mais poderosa na vida das pessoas".
O escritor notou que Capra nem sempre levou a fé a sério. Em sua juventude, Capra se descrevia como “um católico de Natal”, e que, no início, não considerava a sua fé quando seus primeiros filmes fizeram sucesso.
“Um amigo cientista cristão disse-lhe algo que mudou sua vida: 'Os talentos que você tem, senhor Capra, não são seus, não os adquiriu por si mesmo. Deus deu estes talentos para você; são os dons d’Ele para você, para usá-los em Seu propósito’”.
Segundo Archbold, a partir desse momento Capra "reavaliou sua fé e passou a levá-la mais a sério", passando a usar sua arte de uma forma diferente.
"Meus filmes devem permitir que todos os homens, mulheres e crianças saibam que Deus os ama, que eu os amo, e que a paz e a salvação se tornarão uma realidade somente quando todos aprenderem a amar uns aos outros", acrescentou Capra em uma de suas declarações.
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O escritor disse que, na autobiografia de 1971, Capra escreveu que a humanidade precisa de dramatizações que mostrem que “o homem é essencialmente bom, um átomo vivente da divindade; que a compaixão pelos outros, amigos ou inimigos, é a mais nobre de todas as virtudes”.
“É preciso fazer filmes para dizer essas coisas, para contrariar a violência e a mesquinhez, para ganhar tempo para desmobilizar o ódio”, disse o diretor católico.
Archold lamentou que muitas pessoas critiquem sarcasticamente "a vida de George Bailey em "A Felicidade Não Se Compra”, a ponto de os críticos considerarem o filme bobo.
“Quando vejo pessoas que não gostam dos filmes de Capra, acho que estou do lado certo. Portanto, este ano estarei assistindo ‘A Felicidade Não Se Compra’, feliz em saber que o diabo não gosta”, concluiu.
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