Um grupo de jihadistas assassinou quatro leigos depois de identificá-los como católicos, em um novo ataque a uma localidade de Burkina Faso, na África.

Segundo a agência vaticana Fides, os leigos foram assassinados na cidade de Bani, localizada a cerca de 12 quilômetros de Bourzanga, capital do departamento de mesmo nome na província de Bam, no norte de Burkina Faso.

O ataque dos jihadistas ocorreu na noite de 27 de junho. Os terroristas obrigaram as pessoas a entrar nas casas e depois passaram uma por uma para identificá-las de acordo com sua religião. Foi ao fazer isso que mataram os quatro leigos.

No dia seguinte, os mesmos jihadistas foram para a cidade de Pougrenoma, também no departamento de Bourzanga, para ameaçar seus habitantes.

"De acordo com os testemunhos recolhidos, não mataram ninguém, mas deixaram uma mensagem dizendo que as forças de defesa e segurança, assim como os representantes do governo devem deixar a região. Também exigiram que os cristãos se convertam, caso contrário, serão executados em sua próxima visita", explica Pe. Victor Ouedraogo, diretor do centro de comunicações sociais da Diocese de Ouahigouya, em um comunicado.

O sacerdote disse à Fides que, "com este novo ataque, aumenta para doze o número de cristãos católicos assassinados por terroristas devido à afiliação religiosa na diocese de Ouahigouya".

"Recordemos que o primeiro ataque contra os cristãos ocorreu em 13 de maio de 2019, na paróquia de Bam, onde mataram quatro pessoas; seguido pelo de 26 de junho, com o ataque à paróquia de Titao, onde também mataram quatro e deixaram alguns feridos".

Pe. Ouedraogo disse que "todos estes acontecimentos e o modus operandi destes grupos terroristas armados demonstram que são ataques direcionados contra os cristãos".

Por causa da violência, muitos cristãos estão deixando seus povoados para ir às paróquias centrais. Isso acontece especialmente em Bourzanga, onde algumas pessoas deslocadas são acolhidas pelas famílias e em outros lugares da paróquia.

A paróquia de Bourzanga está a 150 quilômetros da capital da província de Bam. Foi fundada em 25 de março de 1963 e tem pouco mais de 74 mil habitantes, dos quais quase cinco mil são católicos.

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