O papa Francisco falou de três “mártires da fé” da Guerra Civil Espanhola (1936-1939) durante a oração do Ângelus de ontem, 7 de novembro. Eles “foram assassinados durante a perseguição religiosa do século passado em Espanha, demonstrando ser testemunhas de Cristo, mansas e corajosas. Que o seu exemplo ajude os cristãos de hoje a permanecerem fiéis à própria vocação, inclusive em tempos de provação”, disse o papa.

Francisco comentava a beatificação de frei Benet de Santa Coloma, frei Josep Oriol de Barcelona e frei Domènech de Sant Pere de Riudebitlles, três frades menores capuchinhos mártires da Guerra Civil Espanhola que opôs monarquistas e republicanos, entre os quais comunistas e anarquistas eram forças dominantes. Foram eles os principais responsáveis pela perseguição religiosa. A cerimônia de beatificação aconteceu no sábado, 6 de novembro, na Catedral de Manresa, Espanha, presidida pelo cardeal Marcello Semeraro, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.

O cardeal Semeraro disse que “quando estourou a Guerra Civil e o convento em que viviam foi devastado pelos milicianos. Eles, em obediência às instruções dos superiores religiosos, procuraram refúgio e o encontraram, porém, foram procurados e logo capturados. Mais tarde, foram submetidos a espancamentos e humilhações”. O padre Benet “foi incitado a blasfemar e a negar a sua fé em Cristo, sem sucesso”.

“Os três foram executados sem julgamento, simplesmente porque eram cristãos”, disse o cardeal Semeraro, em sua homilia. A história dos novos beatos, disse o cardeal, “se assemelha à de todos os outros mártires; uma história que, embora se repita por séculos até os dias de hoje na história da Igreja, é sempre uma história singular, porque cada um é, diante de Deus, único e irrepetível”.

Durante a missa de beatificação, o postulador da causa lembrou que “36 irmãos da Catalunha foram sacrificados por ódio à fé”. Após esta beatificação, 29 deles já foram beatificados.

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O cardeal Semeraro anunciou que a festa destes três religiosos capuchinhos será celebrada no dia 6 de novembro nos lugares já estabelecidos, onde poderão ser celebrados e venerados.

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