O governo da Nicarágua, liderado por Daniel Ortega, ex-guerrilheiro de esquerda que soma 29 anos no poder, condenou três padres, um diácono, dois seminaristas e um leigo da diocese de Matagalpa a 10 anos de prisão.

Segundo o jornal local La Prensa e o Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (CENIDH), a sentença foi proferida ontem (6), pela juíza Nadia Tardencilla, da Segunda Seção Criminal.

A pena é dividida em cinco anos pelo crime de "conspiração para atentar contra a integridade nacional" e cinco anos por "propagação de notícias falsas", aos quais se acrescenta 800 dias de multa.

Os padres condenados são: Ramiro Reynaldo Tijerino Chávez, 50 anos, reitor da Universidade João Paulo II; Sadiel Antonio Eugarrios Cano, 35 anos, ex-vigário da catedral de Matagalpa; e José Luis Díaz Cruz, 33 anos, atual vigário da catedral de Matagalpa.

Também foram condenados o diácono Raúl Antonio Vega González, 27 anos, os seminaristas Darvin Esteylin Leiva Mendoza, 19 anos, e Melkin Antonio Centeno Sequeira, 23 anos, e o fotógrafo Sergio José Cárdenas Flores, 32 anos.

 

Os sete condenados foram considerados culpados em 27 de janeiro e aguardavam sentença.

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O padre Oscar Benavidez também foi condenado a 10 anos de prisão e teve a sua sentença divulgada no sábado (4).

Em 10 de janeiro, o regime anunciou que o bispo de Matagalpa, dom Rolando Álvarez, que permanece em prisão domiciliar, será levado a julgamento após ser acusado de conspiração. O bispo ainda não foi condenado.

O CENIDH denuncia que a sentença contra essas sete pessoas é "uma nova aberração legal" que também "os inabilitou para sempre para o exercício de cargos públicos e eleições populares".

“Condenamos essas ações perversas do regime que violam os direitos humanos. Exigimos liberdade imediata para eles e para todas as pessoas", afirmou o CENIDH.

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