A advogada Martha Patricia Molina disse que o governo de Daniel Ortega proibiu os padres Tomás Sergio Zamora Calderón e William Mora de voltar à Nicarágua, depois de terem participado da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa, Portugal.

De 1º a 6 de agosto, a capital portuguesa sediou a JMJ, com a presença do papa Francisco e de mais de um milhão de jovens de todo o mundo, incluindo uma delegação da Nicarágua.

 

"O padre Tomás Sergio Zamora Calderón, pároco da Paróquia Nosso Senhor dos Milagres, pertencente à diocese de León, participou da JMJ2023 (Lisboa, Portugal) e ao retornar hoje a ditadura o proibiu de entrar na Nicarágua", disse Molina na sexta-feira (11), por meio de sua conta na rede social X.

A advogada, autora do relatório “Nicarágua, uma Igreja perseguida?”, disse que o padre Zamora Calderón “foi durante muito tempo responsável pela Cáritas León”, que foi “obrigada a fechar”, e tesoureiro da diocese.

Semanas antes, o padre Tomás Zamora "tinha recebido uma 'visita de cortesia' de uma autoridade do CSJ (Corte Suprema de Justiça)". “Obviamente, essas visitas são sempre intimidadoras”, disse a advogada nicaraguense.

Molina disse que a comunidade “está consternada com a notícia porque ele era um padre dinâmico e muito próximo de seu povo”.

Sobre o padre William Mora, Molina disse que “a ditadura sandinista proibiu a sua entrada em território nacional”, depois de também ter participado na JMJ Lisboa 2023.

Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram

Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:

 

O padre Mora é pároco da Paróquia Cristo Rey - Ubu Norte Paiwas, na diocese de Siuna, e responsável pela pastoral da juventude. O padre "tinha uma vida pastoral ativa em sua comunidade que agora se pergunta o que será deles sem seu pastor", disse Martha Molina.

O jornal La Prensa informou que nos últimos meses a o governo de Ortega e de sua mulher e vice-presidente, Rosario Murillo, negou a entrada na Nicarágua "a mais de meia dúzia de sacerdotes e leigos, a maioria cidadãos nicaraguenses".

Alguns dos afetados são os padres Deyvis López Jarquín, José Domingo Cuesta (panamenho), Juan de Dios García, Juan Carlos Sánchez, Néstor Mendoza (uruguaio), monsenhor Rodrigo Urbina e o religioso Guillermo Blandón.

Confira também:

Mais em