VATICANO, 20 de fev de 2011 às 21:38
Ao presidir o Ângelus deste domingo, o Papa Bento XVI alentou os fiéis a serem santos como Deus, amando a todos inclusive os inimigos e aqueles que os perseguem, porque essa é a vontade do Senhor.
"Mas quem poderia chegar a ser perfeito? Nossa perfeição está em viver com humildade como filhos de Deus cumprindo concretamente sua vontade".
O Papa se referiu logo à exortação que faz Jesus no Evangelho de “amar os vossos inimigos” e rezar “por aqueles que vos perseguem" e assinalou que "Quem acolhe o Senhor na sua vida e o ama com todo o coração é capaz de um novo início. Pode cumprir a vontade de Deus: realizar uma nova forma de existência, animada pelo amor e destinada à eternidade".
Na segunda leitura deste domingo, prosseguiu, São Paulo afirma que o homem é templo do Espírito de Deus: "se formos verdadeiramente conscientes desta realidade e isto se plasma profundamente em nossa vida, então nosso testemunho se torna claro, eloqüente e eficaz.
"Grande coisa é o amor - lemos no livro da Imitação de Cristo -, um bem verdadeiramente inestimável que por si só torna suave o que é difícil e suporta sereno toda a adversidade. O amor tende sempre para as alturas e não se deixa prender pelas coisas inferiores. Procede de Deus e em Deus somente pode descansar".
Bento XVI disse logo que na terça-feira 22 de fevereiro a Igreja celebra a festa da Cátedra de São Pedro, a quem Cristo "confiou a missão de Mestre e Pastor para a guia espiritual do Povo de Deus, a fim de que esse possa elevar-se até o Céu”.
“Exorto, portanto, a todos os Pastores a "assimilar aquele 'novo estilo de vida' que foi inaugurado pelo Senhor Jesus e foi tornado próprio pelos Apóstolos", concluiu o Santo Padre.
Em sua saudação em francês o Papa afirmou que "as leituras deste domingo nos orientam para a alegria da reconciliação. O Senhor nos convida a fazer atos concretos de perdão: este amor efetivo ao próximo é capaz de mudar a ordem do mundo ao rechaçar sua falsa sabedoria e os ídolos que nos propõe".
"Invoquemos a Virgem Maria, mãe de Deus e da Igreja, a fim de que nos ensine a amarmos uns aos outros e a acolher-nos como irmãos, filhos do mesmo Pai celeste", exortou o Papa ao final do encontro.