O reitor do Santuário de Fátima, em Portugal, padre Carlos Cabecinhas, afirmou que “a mensagem de Fátima oferece-nos uma verdadeira pedagogia para viver” o tempo da Quaresma, incentivando dois elementos essenciais: a oração e a conversão.

Na homilia da Missa que presidiu no dia 10 de março de 2019, no santuário português, o sacerdote explicou que, nas aparições da Virgem de Fátima em 1917, “a conversão é-nos apresentada como essencial”, e destacou que sempre esteve presente “um apelo à oração”.

“Estes são os dois caminhos que o Evangelho nos apresenta”, para a exemplo de Jesus Cristo “convertermos a nossa vida”, disse o sacerdote, que refletiu sobre os 40 dias que Jesus permaneceu no deserto, onde foi tentado pelo demônio.

O reitor advertiu que “as tentações que Jesus teve de enfrentar, nos 40 dias de deserto, não são assim tão diferentes das que nós experimentamos e temos de combater”.

“Aqui estão presentes todas as opções que acompanharam a sua vida em ministério e todas as tentações são resistidas”, sublinhou o sacerdote, acrescentando que “Jesus não se deixa seduzir pelo ter ou pelo poder e não prescinde de seguir a vontade de Deus, que determina as suas escolhas e opções”.

O reitor disse que “por detrás de todas as tentações está sempre em causa o primado de Deus na nossa vida, que lugar Lhe damos, que relação temos com Ele. E é nesta relação que se joga a nossa vida de cristãos: se queremos estar com Ele ou ceder às tentações do mundo”.

Desse modo, afirmou, o tempo da Quaresma “é-nos oferecido como tempo favorável para a conversão, para examinarmos as nossas opções e escolhas à luz das que foram feitas por Jesus”.

Nesse sentido, exortou a ser “sinceros: apesar da nossa vontade sincera e genuína, continuamos a encontrar alguns aspetos a necessitarem de conversão”. Para isso, sugeriu um itinerário baseado em “dois caminhos” que o Evangelho apresenta: “a escuta da palavra de Deus e a oração mais assídua e intensa”.

Além disso, padre Carlos Cabecinhas recordou “o exemplo da vida dos santos pastorinhos”. “Na sua vida encontramos a necessidade de não pecar, de rezar, de consolar a Deus, de reparar os pecados do mundo”, isto é, “encontramos os meios de conversão a que a Quaresma nos convida”, disse.

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