Um padre espanhol alertou sobre o perigo de colocar “o nosso coração” na quantidade de seguidores que podemos ter nas redes sociais.

Por meio do Twitter do dia 7 de novembro passado, padre Francisco Javier “Patxi” Bronchalo, da diocese espanhola de Getafe, perguntou: “Você pode imaginar Jesus celebrando que teve 12 seguidores no início de sua vida pública? E quatro na Cruz?”.

“Ter muitos seguidores nas redes sociais é como ter muito dinheiro no Banco Imobiliário”, disse ele, referindo-se ao jogo de tabuleiro.

 

"Onde colocamos nosso coração? Lá estará o nosso tesouro”, destacou.

Dias atrás, o padre Bronchalo refletiu sobre se os padres e freiras que dançam na rede social TikTok realmente evangelizam ou, ao contrário, contribuem "para uma infantilização da fé".

 

O padre espanhol disse que as redes sociais “dão uma imagem muito parcial da vida das pessoas. Cada um mostra o que quer mostrar. Isso é o que faz que alguns se deprimam ao vê-las, ao achar que a vida dos outros é ideal e maravilhosa. E a sua não. Mas é mentira, lembre-se disso”. 

Entre os jovens que veem padres ou freiras dançando nas redes sociais, disse, “alguns vão gostar, outros vão se divertir, outros fazer piadas e outros (muitos) vão ficar espantados”.

“O que me preocupa é que os jovens pensem que a vocação consagrada é isso. Não é. Isso é uma distorção”.

“Digo aos jovens: ser padre, ser freira, é aprender a amar a própria cruz, isso só é possível se se aprende a amar o Crucificado, e só se aprende a amar o Crucificado gastando tempo com Ele. Não com likes”, destacou.

Padre Bronchalo disse que “ser padre, ser freira, significa que a pessoa já não pertence a si mesma, mas pertence totalmente a Deus que é Amor, mas não um amor xoxo, sentimentalóide e descafeinado, mas um Amor real e forte, tanto que valemos toda a sua vida”.

“E já não nos pertencemos Nós somos seus. Com Ele estamos na prosperidade e adversidade, na saúde e na doença. Nem os likes bajuladores nem os haters acusadores são importantes. Só Ele importa”, ressaltou.

Essas vocações, destacou, exigem “fidelidade. Deus é sempre fiel, nós o tentamos todos os dias. Cada dia é um novo SIM ao Senhor, na prosperidade e na adversidade, cada dia um novo abraço à Cruz”.

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