PANAMÁ, 26 de jan de 2019 às 15:00
Neste sábado, 26 de janeiro, o Papa Francisco consagrou o altar da primeira catedral em terra firme na América, a Basílica de Santa Maria la Antigua, localizada na Cidade do Panamá, em uma cerimônia cheia de significado.
O Santo Padre chegou à Catedral depois das 9h (horário local), acompanhado pelo Arcebispo do Panamá, Dom José Domingo Ulloa. Ao entrar no templo, Francisco colocou uma rosa de prata na imagem de Santa Maria la Antigua, trazida pelos espanhóis em 1510 e proclamada padroeira do Panamá em 2001. Sua festa é dia 9 de setembro.
#FranciscoenPanamá regala una rosa de plata a Santa María La Antigua, patrona del país en la Catedral que lleva su nombre, como signo de amor a la Virgen. #Panama2019 #JMJ2019 pic.twitter.com/M3HpjxIpNU
— ACI Prensa (@aciprensa) 26 de janeiro de 2019
Dentro da catedral estavam sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos consagrados. Em sua homilia, o Papa os incentivou a voltarem sempre e sem medo ao poço do primeiro amor, quando Cristo os chamou à vocação.
Durante a cerimônia o Pontífice aspergiu água benta no altar central da catedral, que fica na região do Casco Antiguo da capital e é a sede da Arquidiocese do Panamá.
Depois, como parte do rito da consagração, o Papa procedeu com a consagração da mesa do altar, ungida com o santo crisma, incensada e revestida com as toalhas para prepará-la para Eucaristia. Além disso, dentro do altar foram colocadas as relíquias de Santa Rosa de Lima, São Martinho de Lima, São Óscar Romero e São João Pablo II.
Com esta cerimônia, a Basílica de Santa Maria la Antigua se tornou a primeira Catedral da América cujo altar foi consagrado por um Pontífice.
A construção da Catedral começou em 1608 e terminou em 1716, mas a consagração do templo foi realizada em 1796. Em 2014, a pedido dos bispos, a Santa Sé lhe conferiu o status de basílica menor.
No ano seguinte, entrou em um processo de restauração pelo governo e foi entregue em 24 de novembro de 2018.
Nesse sentido, no final de sua homilia, Francisco assinalou que “não me parece sem significado um acontecimento como este duma Catedral que reabre as portas depois dum longo tempo de restauro".
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"Experimentou o transcorrer dos anos, como testemunha fiel da história deste povo e, com a ajuda e o trabalho de muitos, quis presentear-nos de novo com a sua beleza. Mais do que uma reconstrução formal, que sempre tenta voltar a um original passado, procurou reencontrar a beleza dos anos abrindo-se para hospedar toda a novidade que o presente lhe podia oferecer”, disse o Papa.
"Uma Catedral espanhola, índia e afro-americana torna-se, assim, Catedral panamenha, dos panamenhos de ontem, mas também dos de hoje que a tornaram possível. Já não pertence só ao passado, mas é beleza do presente", afirmou.
O Papa, que agradeceu pelo trabalho realizado, disse que a Catedral do Panamá "hoje de novo é um regaço que impele a renovar e nutrir a esperança, a descobrir como a beleza de ontem pode tornar-se base para construir a beleza de amanhã".
"Assim age o Senhor, nada de cansaço da esperança, mas a fadiga peculiar do coração daquele que leva em frente todos os dias o que lhe foi encomendado: o olhar do primeiro amor", assegurou.
Depois da Missa, o Papa Francisco foi ao Seminário Maior de São José para almoçar com os jovens.
Mais tarde, às 18h30 (hora local) irá para o Campo São João Paulo II para presidir a Vigília com os peregrinos da Jornada Mundial da Juventude.
Confira também:
Catedral que será consagrada pelo Papa no Panamá foi restaurada por portugueses https://t.co/9R7flTGTCm
— ACI Digital (@acidigital) 23 de janeiro de 2019