O mandamento "Não pronunciarás o nome de Deus em vão" foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira, na qual o Pontífice pediu para levar uma vida coerente para que o anúncio da Igreja seja ouvido de uma maneira melhor.

Na catequese, assegurou que, “se multiplicam os cristãos que dizem o nome de Deus sem falsidade, o anúncio da Igreja será mais ouvido e resultará mais crível”.

"Se a nossa vida concreta manifesta o nome de Deus, veremos como o Batismo é lindo e quão grande é o dom da Eucaristia", acrescentou.

O Santo Padre expressou que “a partir da cruz de Cristo ninguém pode desprezar a si mesmo e pensar mal da própria existência”, apesar de “qualquer coisa que tenha feito”, “porque o nome de cada um de nós está sobre as costas de Cristo. Vale a pena tomar sobre nós o nome de Deus, porque Ele carregou o nosso nome até o fim, também do mal que está em nós, para colocar no nosso coração o Seu amor".

"Acabamos de ler esta Palavra como um convite para não ofender o nome de Deus e evitar um uso inoportuno. Esse claro significado nos prepara para aprofundar ainda mais sobre essas preciosas palavras", disse o Papa.

Francisco disse que, "na Bíblia, o nome é a verdade íntima das coisas e, sobretudo, a verdade íntima das pessoas". "O nome geralmente representa às vezes a missão", por exemplo, Abraão em Gêneses e São Pedro no Evangelho, recebem um nome novo para indicar a mudança na direção da sua vida.

"E conhecer verdadeiramente o nome de Deus leva à transformação da própria vida", indicou.

O Papa também disse que "o nome de Deus nos ritos hebraicos é proclamado solenemente no dia do grande perdão e o povo é perdoado, porque através do nome se vê em contato com a própria vida de Deus que é misericórdia".

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"Tomar sobre si o nome de Deus significa assumir sobre nós a sua realidade, entrar em uma relação estreita e forte com Ele. Para nós, cristãos, esse mandamento é a recordação que nós somos batizados 'em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo', como afirmamos todas as vezes que fazemos sobre nós o sinal da cruz, para viver as nossas ações cotidianas em comunhão sincera e real com Deus, isto é, no seu amor".

Mas o Papa advertiu que “é possível viver uma relação falsa com Deus” e “esta palavra do Decálogo é justamente o convite a uma relação com Deus sem hipocrisias, a uma relação na qual entregamos a Ele tudo aquilo que somos”.

"No fundo – continuou –, até o dia em que não arriscarmos a existência com o Senhor tocando com a mão que nele se encontra a vida, fazemos só teorias".

“Este é o cristianismo que toca os corações. Por que os santos são capazes de tocar o coração?” perguntou. "Nos santos vemos aquilo que o nosso coração profundamente deseja: autenticidade, relações verdadeiras, radicalidade" e isso se vê também naqueles “santos na porta ao lado, que são, por exemplo, tantos pais que dão aos seus filhos o exemplo de uma vida coerente, simples, honesta e generosa".

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