A Sala de Imprensa da Santa Sé publicou hoje (21) a mensagem do papa Francisco por ocasião do próximo Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, que será celebrado em 1º de setembro de 2022, na qual Francisco pediu para escutar “o grito amargo da criação” e pediu para rezar e cuidar da “casa comum”.

Em seu discurso, Francisco lembrou o tema deste dia, "Escuta a voz da criação", e disse que "é um momento especial para todos os cristãos, a fim de orarmos e cuidarmos, juntos, da nossa casa comum".

Francisco destacou a necessidade de uma “conversão ecológica” como resposta à “catástrofe ecológica”, já anunciada por são João Paulo II e são Paulo VI.

Para Francisco a voz da criação “é um grito amargo que se lamenta dos nossos maus-tratos humanos” e defendeu que a terra, à mercê de nossos excessos consumistas, “geme e nos suplica que paremos com nossos abusos e sua destruição”.

“Expostos à crise climática, os pobres são os que mais sofrem o impacto de secas, inundações, furacões e ondas de calor que vão se tornando cada vez mais intensas e frequentes. E gritam ainda os nossos irmãos e irmãs de povos indígenas”, lamentou Francisco.

O papa pediu para fazer "todo o possível para prevenir ou pelo menos limitar o colapso dos ecossistemas do nosso planeta" e "mudar estilos de vida e sistemas prejudiciais".

“O estado de degrado da nossa casa comum merece a mesma atenção que outros desafios globais, como as graves crises sanitárias e os conflitos bélicos”, disse o papa.

“Como pessoas de fé, sentimo-nos ainda mais responsáveis por adotar comportamentos diários em consonância com a referida exigência de conversão. Mas esta não é apenas individual”.

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O papa Francisco encorajou as nações a “porem-se de acordo sobre quatro princípios-chave: 1º construir uma base ética clara para a transformação que precisamos a fim de salvar a biodiversidade; 2º lutar contra a perda de biodiversidade, apoiar a sua conservação e recuperação e satisfazer de forma sustentável as necessidades das pessoas; 3º promover a solidariedade global, tendo em vista que a biodiversidade é um bem comum global que requer um empenho compartilhado; 4º colocar no centro as pessoas em situações de vulnerabilidade”.

"Além disso, seria oportuno pensar urgentemente também num maior apoio financeiro para a conservação da biodiversidade", disse.

O papa concluiu pedindo que “choremos com o grito amargo da criação, escutemo-lo e respondamos com os fatos para que nós e as gerações futuras possamos ainda alegrar-nos com o canto doce de vida e de esperança das criaturas”.

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