O Papa Francisco telefonou ao Padre Javier Leoz, pároco de San Lorenzo, Pamplona (Espanha), após ler uma de suas reflexões sobre o Natal.

A ligação ocorreu no último sábado, 7 de novembro, às 16h31 e após várias tentativas do Papa Francisco de se comunicar com o sacerdote, que não atendia o telefone porque aparecia "número oculto", segundo o pároco de San Lorenzo, onde se encontra a capela de San Fermín, co-padroeiro de Navarra.

“Quando atendi, meu coração quase saiu do peito. Qual foi a minha emoção ao descobrir que do outro lado estava nem mais nem menos que o Papa Francisco para me dizer que havia lido um texto que escrevi há poucos dias intitulado “Não haverá Natal?”, explicou Pe. Leoz a um jornal de Navarra.

Na conversa, o Papa Francisco assinalou que este Natal será “mais purificado”, longe da “cultura do consumismo que desfigurou bastante o Natal”, felicitou também o sacerdote pela sua forma de pensar e pediu que transmitisse aos fiéis da paróquia as suas bençãos.

“Eu lhe disse que rezaremos especialmente por ele em todas as missas e que se anime a vir à Espanha e ao Castillo de Javier”, garantiu o sacerdote ao jornal Navarra.com.

Além disso, o Papa assegurou ao sacerdote que, como bispo de Roma, é comum que telefone para os sacerdotes.

Na reflexão, Pe. Leoz explicou que este ano o Natal será “mais silencioso e com mais profundidade. Mais parecido com o primeiro no qual Jesus nasceu em solidão”.

“Sem muitas luzes na terra, mas com a da estrela de Belém iluminando caminhos de vida na sua imensidão”.

“Sem cortejos reais colossais, mas com a humildade de se sentir como pastores e aprendizes em busca da Verdade. Sem grandes mesas e com amargas ausências, mas com a presença de um Deus que vai preencher tudo”, destacou.

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Este ano o Natal será celebrado “sem as ruas transbordando, mas com o coração inflamado pelo que está por vir. Sem ruídos nem festivais, protestos nem tumultos ... mas vivendo o Mistério sem medo à "covid-herodes" que pretende nos tirar até o sonho de esperar”.

“Haverá Natal porque DEUS está do nosso lado e compartilha, como Cristo o fez na manjedoura, nossa pobreza, provações, lágrimas, angústias e orfandade. Haverá Natal porque precisamos de uma luz divina em meio a tantas trevas”, insistiu.

Além disso, sublinhou que "a Covid-19 nunca pode alcançar o coração nem a alma daqueles que colocam sua esperança e alto ideal no céu”.

HAVERÁ NATAL! CANTAREMOS CANÇÕES NATALINAS! DEUS NASCERÁ E NOS TRARÁ A LIBERDADE!”.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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